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PLC 79 não influencia na recuperação judicial da Oi, diz presidente da tele

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O PLC 79/2016 não trará benefícios diretos para o processo de recuperação judicial da Oi, afirmou o presidente da companhia, Marco Schroeder, nesta terça-feira, 14. Segundo ele, a única vantagem é que a concessionária deixará de investir em telefones públicos, que custam R$ 300 milhões a manutenção e que ninguém usa. "Se ao invés disso, nós investirmos em banda larga em uma região pouco atrativa, mas que no meio do caminho possamos puxar uma fibra usando para outros clientes, sim, eu vou ter vantagem, mais o País também", disse.

Em relação às polêmicas envolvendo a cifra de R$ 100 bilhões que as empresas de telecomunicações teriam em benefício por conta da incorporação dos bens reversíveis, Schroeder lembra que não há dúvidas de que esses bens pertencem às operadoras e que, portanto, a reversibilidade para o Estado depende de indenização do valor não amortizado. "Se eles valem R$ 100 bilhões, vou esperar o final da concessão para receber (esse valor) do Estado", disse. "Se o valor é esse, eu aceito vender", ironizou.

Sobre a recuperação judicial, o presidente da Oi disse que está construindo uma nova proposta para fazer algumas correções no plano inicial, sobretudo na questão do desconto da dívida, "que os credores devem receber uma parte do capital da Oi e estamos vendo que percentual será esse", disse. Com o desconto, a dívida cai de R$ 32 bilhões para R$ 10 bilhões, que serão pagos uma parte com ações e outra parte com nova dívida. Essa proposta deve ser discutida no segundo trimestre.

Sobre novos investidores, Schroeder disse que defende que essa negociação fique para depois. "Será mais um grupo para negociar", disse, afirmando que não dispensa dinheiro novo, depois de aprovar o plano e entregar ações para os credores.

Com relação às multas com a Anatel, que a agência disse ser de R$ 20 bilhões, o presidente da Oi reconhece R$ 5 bilhões, que são multas tributárias e serão pagas. "Dos 15 bilhões, R$ 2 bilhões a gente questiona e dos R$ 13 bilhões restantes , R$ 7 bilhões já estão na AGU [ Advocacia-Geral da União] e R$ 6 bilhões que estão ainda na Anatel, que nós estamos tentando negociar. Optamos por não judicializar isso, mas tem multas absurdas que estão no processo de recuperação judicial e a Justiça vai mediar isso", disse.

 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017 , 22h25

 

 

Autor(a)
LÚCIA BERBERT

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