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Agrenco anuncia retomada de atividades, mas ações despencam

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Símbolo negativo da febre de aberturas de capital em 2007, empresa de beneficiamento de soja segue em recuperação judicial

Agrenco informou nesta quarta-feira que deverá retomar, até 27 de junho, o beneficiamente de sojae produção de biodiesel na unidade de Alto Araguaia (MT), uma das duas plantas mantidas pela companhia. Em dificuldades financeiras desde 2008 e em recuperação judicial desde setembro daquele ano, a empresa segue em recuperação judicial.

A despeito do comunicado, as ações da Agrenco estavam em queda livre nesta quarta-feira. Às 15h32min, os papéis da empresa na Bovespa estavam sendo negociados por R$ 1,19, uma baixa de 9,16%. O papel encerrou o dia em queda de 9,92%, uma das cinco maiores baixas da sessão. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, encerrou o dia em alta de 0,08%, aos 63.388,44 pontos.

A empresa informou também a mudança da composição de seu conselho de administração. O único nome mantido nos assentos é o de Nils Bjellum, economista norueguês que está na empresa desde antes de ela abrir seu capital.

A Agrenco foi um dos símbolos da onda de aberturas de capital ocorrida na Bovespa em 2007. E foi um episódio marcante daquele momento do mercado financeiro por pontos positivos e negativos: a Agrenco foi assessorada pelo Crédit Suisse, um banco de primeira linha, e estreou diretamente no Novo Mercado, grupo de ações da bolsa paulista do qual fazem parte empresas consideradas exemplo de transparência. No ano seguinte, contudo, a companhia foi abatida pela crise financeira internacional, endividou-se e sequer teve dinheiro para concluir as obras de suas três plantas de beneficiamento de soja e produção de biodiesel.

Seguiu-se um corolário de reveses. Diretores da empresa chegaram a ser presos em uma operação da Polícia Federal que apurava a suspeita de crimes como sonegação fiscal e corrupção. No grupo estava Antonio Iafelice, fundador da Agrenco. Em 2010, no entanto, a justiça considerou inválidas todas as provas levantadas pela PF na operação, o que tornou inimputáveis todos os investigados.

Além da planta de Alto Araguaia, a Agrenco tem uma unidade em Caarapó (MS), mas para esta não há previsão de retomada dos trabalhos - as obras na unidade ainda não foram concluídas. Havia ainda uma unidade em Marialva (PR), vendida em 2009 como uma das etapas do processo de recuperação financeira da companhia.

Autor:

Fonte: http://economia.ig.com.br (25/05/2011)

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