A Alumini Engenharia (ex-Alusa) entrou ontem com pedido de recuperação judicial na 2ª Vara de Falência de São Paulo. A empresa, que briga para receber R$ 1,2 bilhão da Petrobras por serviços prestados na Refinaria Abreu e Lima (PE), enfrenta problemas para pagar fornecedores e funcionários desde outubro.
Com suas contas bloqueadas pela Justiça de Pernambuco no fim do ano passado e por descumprimento de obrigações trabalhistas em dezembro, a Alumini acumula quase mil pendências comerciais, além de 59 cobranças bancárias no Serasa, que foram incluídas no cadastro da empresa de novembro para cá. No sistema, o Banco do Brasil cobra crédito de mais de R$ 35 milhões.
Desde outubro, as obras da construtora em Abreu e Lima - uma unidade de tratamento de gases - foram interrompidas. De lá pra cá, duas fornecedoras de São Paulo, a Construfios Indústria Condutores Elétricos e a Repume, de iluminação industrial, entraram com requerimento de falência da empresa.
Segundo o seu balanço mais recente, referente ao ano de 2013, a Alumini tinha dívida líquida de R$ 573,7 milhões, o equivalente a quatro vezes o seu lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda).