Os advogados que estão tratando do plano de recuperação judicial da Ecovix, Rodrigo Tellechea e Alexandre Faro se reuniram na quinta-feira com a juíza Fabiana Gaier Baldin, da 2ª Vara Civil em Rio Grande, para atualizar a magistrada sobre o plano para retomar a atividade da empresa proprietária do Estaleiro Rio Grande. Os encontros devem se repetir a cada dois meses. O plano prevê a forma de pagamento aos credores, além da alienação de ativos. “Falamos com ela sobre a limpeza do estaleiro, reparo das plataformas e venda de sucata. Tivemos que alinhar estes pontos. Nos próximos dias faremos isso formalmente”, relatou Tellechea. Ele destaca que a decisão de homologar o plano de recuperação dá segurança aos investidores do Polo Naval e que o próximo passo é usar o fluxo do caixa para pagar dívidas trabalhistas. “Porém, todo o processo de venda da sucata exige que seja realizado um leilão”, pondera. O processo de recuperação, autorizado no último dia 17, tem dois anos para ser realizado. Caso o plano não seja realizado a justiça poderá decretar a falência da Ecovix. “Após dois anos, devemos retomar as atividades de forma plena com a busca de investidores para assumir os ativos. É importante para a região saber que a atividade será retomada, mesmo que de forma gradual, ou seja, os investimentos não estão perdidos”, garante. A Ecovix entrou com um pedido de recuperação em dezembro de 2016, após a Petrobrás cancelar contratos para a montagem de plataformas. Ao todo foram entregues cinco unidades. Os credores aprovaram o plano no dia 26 de junho.
31/8/2018