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Assembleia definirá destino da massa falida do Grupo JL

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Venda de ativos vai priorizar pagamento de salários aos trabalhadores

Sem conseguir até agora a reversão judicial da falência decretada pela Justiça alagoana, o Grupo João Lyra vive a expectativa da assembleia dos credores para definir a venda de ativos, cujos serão destinados ao pagamento de salários e dívidas contraídas com fornecedores.

O Grupo JL está sob regime de falência decretada pelo juiz Sóstenes Andrade, mas existe recurso apresentado ao Tribunal de Justiça, fundamentado na tese de que há um processo de recuperação judicial em curso, aprovado pela própria Justiça.

O decreto de falência do ex-juiz da Comarca de Coruripe foi confirmado pela 3ª Câmara Cívil do Tribunal de Justiça, sem  alterar, porém, o funcionamento das empresas atingidas.

MASSA FALIDA

Na terça-feira (10 de junho) foi aberta a assembleia de credores da massa falida da Laginha Agroindustrial S/A, mas por falta de um ‘plano de gestão’, a reunião foi suspensa e remarcada para o dia 17 de junho, no Clube do Povo, em Coruripe.

O representante dos trabalhadores, Antônio Torres (da Fetag – Federação dos Trabalhadores na Agricultura), afirmou: “Concordamos com o adiamento para que os atuais administradores judiciais tenham tempo de reunir documentos e apresentar relatórios que vão nos ajudar na tomada de decisões importantes”,

Já o advogado Everaldo Patriota, que representa alguns credores locais, disse que a assembleia foi apenas suspensa e será retomada em 17 de julho. “O adiamento se deu em razão da necessidade de apresentação de um ‘plano de gestão’,  que vai dizer como as dívidas serão pagas, priorizando os trabalhadores e, depois, os outros credores”.

Carlos Benedito Lima, administrador judicial, e Felipe Carvalho Souza, gestor das atividades provisórias, ficam nas funções até a próxima assembleia da massa falida, quando deverão ser confirmados ou não nos cargos.

O Primeira Edição apurou que a expectativa dos credores é de que já na próxima assembleia os administradores judiciais apresentem um plano para venda de ativos da massa falida e de liquidação da dívida.

Para o advogado Everaldo Patriota, a realização da assembleia faz parte da formalidade, da guerra jurídica: “Agora – explica – o administrador precisa adotar providências que vislumbrem soluções, especialmente quanto ao pagamento das dívidas”.

O passivo do Grupo JL está avaliado em R$ 2 bilhões, incluindo dívidas trabalhistas, impostos e débitos contraídos com fornecedores de cana, empresas e bancos.

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