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Banco Paulista quer gerir ativos do Santos

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Além do Credit Suisse, o Banco Paulista apresentou aos credores do Banco Santos uma alternativa para encerrar a falência e gerir os ativos da massa falida. A instituição, em conjunto com a Socopa Corretora Paulista, do mesmo grupo, a consultoria Meinberg & Meinberg e o escritório de advocacia Bocater, Camargo, Costa e Silva, propõe aos credores a criação de um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios não padronizado (FIDC-NP), modelo muito semelhante ao apresentado pelo Credit Suisse.

A proposta do Banco Paulista seria anterior à do Credit. As conversas começaram em julho de 2012, segundo apurou o Valor. A primeira proposta foi entregue em agosto de 2013 ao administrador judicial, ao representante do comitê de credores e ao advogado dos credores quirografários (sem direito de preferência). Desde então, a proposta tem sido modificada para incluir as mudanças que ocorrem no curso da falência. O patrimônio do fundo seria composto por todos os valores em cobranças em ações judiciais do Banco Santos contra cerca de 250 devedores - o que representa R$ 3,996 bilhões -, além do caixa da massa falida, que em junho de 2014 era de R$ 229,4 milhões.

Na última versão da proposta, que ainda deve sofrer modificações, o fundo seria composto por quatro classes de cotas seniores, que seriam distribuídas entre os credores trabalhistas, tributários, credores com privilégio geral e credores quirografários, além de cotas subordinadas mezanino e juniores, a serem distribuídas aos credores do antigo controlador do Banco Santos (Procid) e aos acionistas do Procid. As cotas serão amortizadas e pagas a partir do recebimento dos valores devidos.

A atual proposta ainda prevê que sejam dados como garantia imóveis e obras de arte da massa. Se em cinco anos, 20% das cotas seniores não forem amortizadas, os bens poderão ser alienados.

Além de futuras mudanças na proposta técnica, o Valor apurou que haverá atualização dos aspectos comerciais da oferta, considerando que agora há um concorrente - o Credit - disputando a vaga de gestor dos ativo da massa. Na oferta atual, a taxa de administração do fundo é de R$ 300 mil por mês, que seriam pagos pelas cotas subordinadas juniores.

Segundo fontes, a proposta já foi discutida em diversas ocasiões com os credores, mas ainda não há definição.

No fim do mês passado, o Valor publicou que o Credit Suisse procurou um grupo de credores do Banco Santos para propor uma alternativa para a recuperação de ativos da massa falida da instituição.

Autor(a)
Fabiana Lopes

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