O PUBLICIDADE s bancos credores da Sete Brasil, empresa que alugaria sondas de exploração do présal para a Petrobras, reuniramse nesta segunda (11) e decidiram dar mais prazo para a companhia pagar sua dívida de R$ 14 bilhões que venceu no final de 2015.
Até o fechamento desta edição, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco e Santander discutiam se dariam mais 90 dias ou até 120 dias de prazo.
Essas instituições concordaram em esticar de novo o prazo porque a Sete pode aprovar um pedido de recuperação judicial em uma assembleia geral marcada para quintafeira (21). Os bancos acreditam que a Petrobras apresentará alguma proposta à Sete antes disso
Os credores apostam que a estatal aceitará alugar sondas da Sete, mas um número menor de equipamentos —em vez de 14, seriam 6.
CENÁRIOS
Os principais sócios da Sete —os bancos BTG Pactual, Bradesco e Santander, os fundos de pensão estatais Petros, Previ, Funcef, Valia e o fundo FIFGTS pensam em entrar com o pedido de recuperação. A Petrobras também é sócia.
Nos bastidores, os acionistas não acreditam mais que a estatal vá apresentar uma proposta firme. Mas, caso a oferta seja feita, como esperavam os credores, os sócios devem aceitála.
Com menos sondas seria possível quitar as dívidas e recuperar parte do capital investido. Para os sócios, seria melhor do que correr o risco de ver a companhia ir à falência caso o pedido de recuperação seja aceito pela Justiça.
A decisão de entrar com um pedido de recuperação é dos acionistas da Sete. Para os credores, esse é o pior cenário porque eles seriam os mais prejudicados.
Em um processo de recuperação judicial, a empresa em dificuldade negocia descontos agressivos na dívida para que possa se reestruturar. Caso a Sete ganhe sobrevida, eles receberiam a dívida integralmente mas o prazo seria maior.