A massa falida do banco BVA deverá vender em leilão um total de R$ 261 milhões em bens da antiga instituição. O valor desses ativos é resultado de um laudo preparado pela Deloitte a pedido da administração judicial e ainda precisa ser homologado pela Justiça. Os recursos devem ajudar a massa a pagar os cerca de R$ 4,2 bilhões que deve aos credores.
Entre os ativos avaliados no laudo, há cerca de 70 imóveis, que incluem fazendas, empreendimentos residenciais e comerciais, além de veículos e mobiliário, segundo apurou o Valor. Depois que o juiz Daniel Carnio Costa, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, homologar o laudo, a administração judicial da massa falida deverá vender todos os bens em leilão. A expectativa é que o leilão ocorra nos próximos 60 a 90 dias, se não houver nenhuma contestação do laudo.
Apesar de esses ativos serem uma fatia importante da resolução da falência, grande parte dos recursos deverá vir da venda de uma carteira de Cédulas de Crédito Bancário (CCB) e de um portfólio de consignado. Para isso, no entanto, a administração judicial ainda precisa entregar um laudo de avaliação dessas carteiras a valor presente.
O Valor apurou que a administração judicial já pediu autorização ao juiz para contratar a consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) para elaborar essa análise das carteiras. A massa falida já foi procurada por grandes bancos e fundos interessados em adquirir a carteira do antigo banco. As propostas, porém, só poderão ser feitas após a avaliação que será feita pela PwC. A falência do BVA foi decretada em setembro passado.