A Caixa Econômica Federal pediu que fossem extraídas cópias de contratos e da petição de um pedido de recuperação judicial da Gráfica e Editora Imprimat, para apuração de possíveis crimes. A empresa teve seu pedido homologado pela juíza Anglizey Solivan de Oliveira, da Primeira Vara Cível Especializada em Falências, Recuperação Judicial e Cartas Precatórias.
No pedido, a Caixa pede o envio dos documentos pedidos para a Polícia Federal e ao Ministério Público Federal. “A Caixa Econômica Federal requer sejam extraídas cópias da petição de fls. 07/09, e dos contratos que instruíram a exordial, para que sejam encaminhadas a Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, para “apurar eventuais crimes contra o patrimônio desta empresa pública federal” “e, ainda, eventual formação de quadrilha”, aponta.
O magistrado decidiu enviar os autos para o Ministério Público Estadual, para que o órgão possa fazer um parecer sobre o pedido do banco. A empresa, que deve R$ 737 mil a credores, entre credores trabalhistas, quirografários e com garantia real.
Na justificativa para o pedido de recuperação judicial, a gráfica alegou que “nos últimos dois anos enfrentou grandes dificuldades com o aumento nos custos operacionais, tais como: concorrência, diminuição na margem de lucro, carga tributária, juros bancários, etc, operacionalizando com déficit expressivo, no entanto, sem suspender suas atividades, sempre tentando harmonizar os resultados”, apontou.
A empresa também diz “ter sido diretamente atingida pela crise internacional dos Estados Unidos da América, que acarretou na elevação das taxas de juros bancários, bem como pela obtenção de empréstimos curtos (capital de giro), descontos, renovações de operações existentes, cheque empresarial e modalidades de créditos com exorbitantes taxas de juros que chegaram a 2,20% ao mês, tornando o produto da atividade empresarial insuficiente para pagamento de capital emprestado mais juros, impondo à empresa sucessivas rolagens e renegociações dos empréstimos contraídos, constituindo dívidas bancárias com crescimento em progressão geométrica”.
20/12/2017