A compra da Eleva pela Perdigão (hoje Brasil Foods), no fim de 2007, marcou o início da concentração no segmento de lácteos no Brasil. Depois, também em 2007, a Bertin (incorporada pela JBS no ano passado) comprou a Vigor. Ao mesmo tempo, outro movimento importante se iniciava: o avanço da gaúcha Bom Gosto, que de 2007 até agora fez oito aquisições. A Parmalat, controlada pela Laep, entrou em crise novamente e acabou se juntando, este ano, num consórcio à GP Investments, que já tinha comprado a Leitbom, em 2008. Antes, a Parmalat já tinha vendido unidades para a Nestlé, para a Bom Gosto e para a própria Leitbom. Como é consenso no mercado, a concentração ainda não acabou. A Indústria de Alimentos Nilza, em recuperação judicial, está à venda e existe, ainda, o projeto de fusão entre as cooperativas de lácteos Itambé, Centroleite, Confepar, Cemil e Minas Leite, que segue em fase de negociação. Nesse caso, como aponta estudo do banco holandês Rabobank (ver abaixo), o resultado da fusão será um conglomerado que deverá entrar, no próximo ano, na lista dos 20 maiores grupos de lácteos do mundo, ranking tradicionalmente liderado pela multinacional suíça Nestlé.
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Fonte: Valor Econômico (23/06/2010)