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Copel amplia investimentos e diversifica projetos de eficiência energética

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Companhia quer atuar com propostas de redução de desperdício, aumento de eficiência e integração à geração distribuída na indústria, comércio, residências e entidades públicas. Resultado de CP de mobilidade elétrica deve sair em breve

Num mercado cada vez mais globalizado e competitivo, reduzir custos operacionais e maximizar possibilidades de produção e maior receita são ações fundamentais para qualquer empresa. Um dos caminhos buscados para a economia de recursos é a área de eficiência energética, que vem tomando proporções cada vez maiores em companhias de diversos segmentos, e é claro que entre as distribuidoras de energia não poderia ser diferente.

Para tanto, a Copel Distribuição tem destinado cerca de R$ 40 milhões anuais em projetos que envolvem a redução de desperdício, aumento da eficiência no uso final da energia elétrica e integração à geração distribuída na indústria, comércio, condomínios residenciais, entidades públicas e órgãos sem fins lucrativos. Segundo Julio Omori, superintendente de Projetos Especiais e Smart Grid da concessionária, essa é uma das duas frentes de descarbonização que a companhia imprime dentro do seu modelo de negócios, fomentando inovações através da aplicação de recursos próprios e regulados pelo Programa de Eficiência Energética (PEE) da Aneel.

A distribuidora realiza anualmente chamadas públicas nas quais os consumidores apresentam propostas de projetos de eficiência energética para serem custeados com recursos do PEE. Podem participar clientes industriais, residenciais, comerciais e de serviços, poderes públicos, rurais e serviços públicos, incluindo aí a iluminação pública. Em 2018 foram formalizados os instrumentos contratuais das submissões selecionadas no processo realizado em 2017, além de publicada a chamada do PEE Copel 001/2018, na qual foram disponibilizados R$ 30 milhões para as iniciativas na área. No mesmo ano foram aplicados R$ 10,1 milhões em 51 projetos do Programa, com seis sendo concluídos ao longo do ano e 45 permanecendo em execução em 2019. Além destes projetos, a companhia realizará uma nova chamada pública no segundo semestre para captação de mais iniciativas dentro do segmento.

De acordo com a distribuidora, há em curso 22 projetos inovadores de geração renovável e de substituição de equipamentos para tornar mais eficiente o uso da energia elétrica, a serem executados em cinco polos universitários paranaenses: Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em Curitiba e em Pato Branco, totalizando um investimento de R$ 52 milhões. Entre as ações, destacam-se a substituição de 71 mil pontos de iluminação e a instalação de placas de geração fotovoltaica, além da troca de 40 aparelhos de ar-condicionado e de destiladores de água na UEL, que também trabalhará com pesquisas na área de geração a partir do biogás, com uma unidade que terá 120 kW de potência. Os projetos devem ser concluídos até 2021.

Outra iniciativa importante aconteceu no final de 2017, quando famílias paranaenses de baixa renda tiveram suas geladeiras trocadas por modelos novos que refrigeram melhor e consomem menos energia elétrica. Ao todo, 5 mil residências de 70 cidades de todas as regiões do estado foram beneficiadas.

Para este ano, a previsão da Copel é de finalizar 29 projetos de eficiência até o final de 2020. Em abril, entraram em operação os painéis fotovoltaicos instalados no Condomínio Parque Arvoredo, localizado no bairro Xaxim, em Curitiba, primeira usina solar instalada pela companhia por meio de PEE. Foram implantados 243 painéis com selo Procel em 9 das 11 torres do condomínio residencial. O valor destinado para a viabilização da UFV também abrangeu a modernização de 665 pontos de iluminação, com a troca de lâmpadas convencionais por LED. São cerca de 2.800 moradores beneficiados por um sistema fotovoltaico que abastece a área comum do condomínio e com capacidade total de 81 kWp, que deve gerar 104,87 MWh/ano – economia superior a R$ 85 mil por ano.

Mês passado a empresa finalizou mais um projeto ligado a fonte solar, que irá abastecer parte da energia consumida no Palácio 29 de Março, sede da Prefeitura de Curitiba, com uma geração através de 439 painéis instaladas no telhado do edifício, que também contou com a substituição de 5.800 pontos de iluminação de lâmpadas convencionais pela tecnologia LED.

Mobilidade elétrica

Outra grande contribuição na frente de descarbonização da companhia está no fomento à mobilidade elétrica, com implantação de eletropostos para carregamento rápido e deslocamento a grandes distâncias de veículos elétricos leves na BR-277, ao longo de 700 km entre o litoral do Paraná e Foz do Iguaçu, o maior trecho de eletrovia no país.

“O uso dessa infraestrutura gera uma curva de aprendizado que permitirá antecipar possíveis problemas num sistema com grande densidade de veículos elétricos, o que se avizinha na próxima década”, avalia Omori, afirmando que a distribuidora confirmou, recentemente, a seleção das propostas vencedoras de uma chamada púbica para o tema, cujos resultados devem sair nos próximos dias.

A chamada pública considera como soluções para mobilidade elétrica modelos de negócio, equipamentos, tecnologias, serviços, sistemas e infraestruturas para suporte ao desenvolvimento e à operação dos veículos elétricos ou híbridos plug-in, a bateria ou célula combustível.

Os projetos devem contribuir para gerar negócios futuros, demonstrar a viabilidade técnico-econômica da mobilidade eficiente em território nacional, além de fornecer subsídios importantes para o aprimoramento ou a formulação de atos normativos que assegurem o funcionamento efetivo dessa modalidade no país.

19/07/2019

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