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Cosan atravessa plano de salvação da Usina Albertina

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Credora da empresa veta proposta de venda da área agrícola para a Louis Dreyfus, por R$ 180 milhões

A Cosan, um dos maiores produtores de açúcar e álcool do mundo, atrapalhou os planos da usina Albertina, em processo de recuperação judicial desde 2008, de encontrar uma saída para sua dificuldade financeira atual.

Em assembleia realizada na sexta-feira, o grupo sucroalcooleiro, comandado pelo empresário Rubens Ometto, foi o único credor dentre os presentes que negou a proposta que daria fôlego financeiro para a Albertina rodar a operação e seguir em frente com o plano de recuperação.

A Albertina informou por comunicado que, em razão de o grupo Cosan ter sido exceção no processo de votação, o resultado da assembleia será submetido à decisão da juíza Rebeca Mendes Batista, da 1ª Vara de Sertãozinho.

A proposta previa a venda da área agrícola, de 8 mil hectares em Sertãozinho, interior de São Paulo, para a Louis Dreyfus Commodities SEV, o braço sucroalcooleiro do grupo francês Dreyfus, por R$ 180 milhões.

Do total, R$ 20 milhões seriam pagos imediatamente, permitindo à Albertina quitar débitos mais urgentes com fornecedores e parcelas atrasadas de dívidas. Os outros R$ 160 milhões seriam pagos ao longo de dois ciclos de cana (cerca de 12 anos).

Segundo apurou o Brasil Econômico, existe uma dúvida sobre o peso da Cosan no grupo de credores classe 3 (classificada como quirográfica, sem garantia real). Pela ordem de recebimento, estes credores devem ter os débitos quitados somente depois do pagamento das dívidas dos credores das classes 1 (trabalhista) e 2 (normalmente, bancos).

O desfecho da assembleia ocorreu depois de duas tentativas frustradas da Albertina de tentar aprovar a proposta da Dreyfus. A primeira tentativa ocorreu durante a reunião realizada dia 13 de dezembro, quando o advogado da usina, Daltro Borges, apresentou as condições dos desembolso.

Os credores adiaram a reunião para o dia 22 com argumento de que precisam de prazo para avaliar a proposta. No dia 22, a assembleia se estendeu das 14 horas até as 4 horas do dia seguinte. Houve uma pausa de seis horas e retomada dos trabalhos às 10 horas. Neste momento havia expectativa de adesão de 100%, que não se confirmou com o voto contrário da Cosan.

A discussão em torno de uma saída para as dificuldades começou quando a Albertina deixou de honrar o pagamento das parcelas das dívidas a partir de outubro. Assim como vários usineiros da região de Sertãozinho, a Albertina teve quebra de safra em 2011.

A empresa chegou a convocar uma assembleia de credores em outubro, que não foi realizada por falta de quórum. Foi quando em novembro, na terceira rodada de negociação, a Louis Dreyfus apresentou a proposta de compra das plantações de canaviais.

Autor: Denise Carvalho

Fonte: http://www.brasileconomico.com.br (27/12/2011)

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