Foi protocolado na Vara Única do Foro Distrital de Flórida Paulista (SP) o pedido de falência da Floralco Açúcar e Álcool e outras quarto empresas pertencentes ao mesmo grupo (Grupo Bertolo). Todas pediram recuperação judicial em junho de 2010. O pedido de falência foi feito pelos advogados André Toledo e Marc Magalhães Buckup que representam a credora quirografária, Maria Lucila de Barros Lahan.
De acordo com Toledo, o pedido, que ainda não foi julgado, foi feito porque se detectou que a empresa, representada pelos sócios Adhemar de Barros Neto, controlador da Nilza, e a Airex Trading - que é acusada de fraude na recuperação judicial da Nilza - estava fazendo acordos com credores fora do processo de recuperação judicial.
Toledo informou que foram encontrados na documentação da primeira assembleia, realizada em 20 de janeiro passado, procurações irregulares feitas entre a empresa e alguns credores com condições diferentes das existentes na proposta do plano, que prevê 55% de desconto para os quirografários, dois anos de carência e oito anos para pagar.
Entre as irregularidades, havia 494 procurações, com crédito de R$ 6,46 milhões, com pagamento integral do crédito, sem correção, até 31 de dezembro de 2011. Além disso, outras 45 procurações, que somam R$ 3,926 milhões, foram identificadas com pagamento integral, sem correções, em duas parcelas com quitação até dezembro de 2013.
Os proprietários da Floralco foram procurados, mas não foram encontrados. As duas usinas do grupo somam moagem de cerca de 3 milhões de toneladas de cana.
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Fonte: Valor Econômico (15/03/2011)