SÃO PAULO - A fabricante de rodas de liga leve e botijões de gás Mangels aprovou nesta sexta-feira com credores um plano de recuperação judicial que dá à empresa dez anos para o pagamento de uma dívida de R$ 430 milhões.
Robert Mangels, presidente da empresa, diz que o acordo prevê dois anos de carência e a correção da dívida pela taxa do Certificado do Depósito Interbancário (CDI) mais 0,5% ao ano. “Não foi o acordo que queríamos, mas foi o acordo possível. Estou convencido que vamos conseguir cumprir”, diz o executivo.
Os bancos de fomento FMO, da Holanda, e DEG, da Alemanha, são os maiores credores da Mangels. As duas instituições, que financiaram projetos de investimento da companhia, têm R$ 97 milhões a receber. A Mangels também tem dívidas com trabalhadores, além de bancos como Itaú, Banco do Brasil, HSBC, Safra, Votorantim e Caixa Econômica Federal.
O prédio e os equipamentos da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), desativada há mais de um ano, serão vendidos, como previsto no plano de recuperação judicial. Peritos avaliam esses ativos em R$ 100 milhões, mas Robert Mangels acredita que dificilmente o imóvel será vendido por esse valor. “Acredito que a avaliação do mercado será mais próxima de algo como R$ 80 milhões”, diz.
A empresa mantém ativa a fábrica de rodas e botijões em Três Corações (MG). “Nosso foco será fazer um trabalho forte para melhorar a eficiência operacional e reduzir custos na operação de rodas”, afirma Robert Mangels.