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Credores da Aralco aprovam plano de recuperação judicial

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O plano de recuperação judicial da sucroalcooleira Aralco foi aprovado hoje pelos credores da companhia em assembleia realizada em Araçatuba, interior de São Paulo, onde fica a sede da empresa. A companhia pediu recuperação judicial em março deste ano, menos de um ano após emitir bonds de US$ 250 milhões para alongar dívidas.

Conforme o advogado da Aralco, Joel Thomaz Bastos, do escritorio Dias Carneiro Advogados, o plano foi aprovado por 100% da classe trabalhista, 100% dos credores com garantia real e quase 90% dos quirografarios.

Segundo o advogado dos detentores de bonds da Aralco, Paulo Campana, sócio da área de restruturação de dívidas do escritório Felsberg & Associados, no dia 20 de janeiro de 2015, uma outra assembleia será realizada para decidir a composição do grupo consultivo, formado por sete membros que serão escolhidos por credores, e que vão deliberar sobre questões estratégicas do grupo.

De acordo com o plano aprovado, a “Nova Aralco Participações S.A.”, como será denominada a nova companhia, será uma holding do novo grupo Aralco e será a detentora direta da integralidade das ações do capital da Aralco, e indiretamente, de todos os bens e direitos envolvidos no negócio sucroalcooleiro do grupo. A nova empresa será também devedora solidária das obrigações do plano.

Além dos credores quirografários também podem converter dívida em ações os credores extraconcursais (que não se submetem à recuperação). Entre credores pertencentes a esses dois grupos, estão o Credit Suisse, que lidera um sindicato de bancos, e o BTG Pactual. Juntos, eles têm a receber cerca de R$ 70 milhões.

O prazo de conversão de dívida em ações é de 15 anos. Se antes disso as UPIs forem vendidas, os recursos serão usados para quitar a dívida dos credores.

O plano prevê que os credores trabalhistas sejam pagos em até um ano a partir da homologação do plano pela Justiça. Os fornecedores de cana-de-açúcar serão pagos em quatro anos — quatro parcelas anuais.

A empresa tem quatro usinas no oeste de São Paulo que somam capacidade para moer 7,2 milhões de toneladas de cana por safra. Mas no ciclo 2013/14 processou apenas 5 milhões de toneladas, abaixo das 6 milhões previstas no início da temporada.

Autor(a)
Ana Paula Ragazzi

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