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Credores da Aralco decidem amanhã sobre plano de recuperação

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SÃO PAULO - Está marcada para amanhã em Araçatuba (SP) a nova Assembleia Geral de Credores da Aralco Açúcar e Álcool para deliberar o plano de recuperação judicial do grupo. Na última semana, a assembleia originalmente marcada não teve quórum. Conforme o advogado da Aralco, Joel Thomaz Bastos, do escritório Dias Carneiro Advogados, a expectativa é que haja a aprovação do plano que tem como principal proposta a conversão de dívidas em ações.

A Aralco pediu proteção contra credores em março deste ano, menos de um ano após emitir US$ 250 milhões em bônus para alongar dívidas. A proposta é de conversão de 60% da dívida da empresa, estimada em R$ 1,2 bilhão, em participação acionária de uma nova empresa, que seria criada para deter os ativos do grupo.

De acordo com o plano apresentado, a “Nova Aralco Participações S.A.”, como seria denominada a nova companhia, será uma holding do novo grupo Aralco e será a detentora direta da integralidade das ações do capital da Aralco, e indiretamente, de todos os bens e direitos envolvidos no negócio sucroalcooleiro do grupo. A nova empresa será também devedora solidária das obrigações do plano.

Conforme a proposta, podem converter dívida em ações da Nova Aralco os credores quirografários (sem garantia real) e os extraconcursais (que não se submetem à recuperação). Entre credores pertencentes a esses dois grupos, estão o Credit Suisse, que lidera um sindicato de bancos, e o BTG Pactual. Juntos, eles têm a receber cerca de R$ 70 milhões.

Para os credores com garantia real, o plano propõe o pagamento com carência de quatro anos para pagamento do valor principal (e juros) e a amortização em dois anos, em duas parcelas anuais.

A proposta prevê que os credores trabalhistas sejam pagos em até um ano a partir da homologação do plano pela Justiça. Os fornecedores de cana-de-açúcar serão pagos em quatro anos — quatro parcelas anuais, com incidência de juros equivalentes à Taxa Referencial (TR) mais 1% ao ano.

A empresa tem quatro usinas no oeste de São Paulo que somam capacidade para moer 7,2 milhões de toneladas de cana por safra. Mas no ciclo, o 2013/14, processou apenas 5 milhões de toneladas, abaixo das 6 milhões previstas no início do ciclo.

Autor(a)
Fabiana Batista

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