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Credores da MMX, de Eike Batista, decidem recuperação judicial

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Um dos poucos projetos que restaram a Eike Batista, a mineradora MMX terá seu futuro definido nesta sexta-feira (27), quando credores da subsidiária MMX Sudeste decidirão se aceitam a proposta da empresa para pagamento da dívida ou a levam à falência.

A companhia, que entrou com pedido de recuperação judicial em outubro do ano passado, era o principal braço da mineradora criada por Eike para se tornar uma "mini-Vale".

Seja qual for o caminho escolhido pelos credores, contudo, o projeto vendido por Eike – e comprado por centenas de investidores na Bolsa – caminha para a extinção.

O plano de recuperação judicial da MMX Sudeste prevê a liquidação dos ativos para saldar as dívidas com os credores.

Se for aprovado, as minas passarão a ser controladas pela holandesa Trafigura, que já fez uma oferta. O restante - terminais de carga e terrenos - serão vendidos com o objetivo de levantar recursos e pagar ao menos uma parte do que a mineradora deve aos credores.

Os demais empreendimentos da MMX que não entraram no processo judicial também estão à venda.

Trata-se da subsidiária MMX Corumbá, dona de uma unidade de beneficiamento de minério e direitos de lavra no Mato Grosso do Sul, e a fatia de 35% que a companhia mantém no Porto Sudeste, localizado em Itaguaí (RJ).

A unidade de Corumbá, na prática, já não faz parte da operação do grupo desde o ano passado, quando foi arrendada à Vetorial Siderurgia.

Pelo acordo firmado, a Vetorial tem opção de compra do empreendimento e, enquanto não decide se fica com ele, tem de pagar R$ 500 mil por ano para usá-lo.

Da liquidação da MMX, só ficou de fora a mina de Bom Sucesso, comprada por Eike em 2008 por US$ 200 milhões. A avaliação é que não há valor no projeto, que está atualmente parado.

PREJUÍZOS

Os planos de transformar a MMX numa das maiores mineradoras do mundo, como anunciado por Euke, já pareciam distantes quando o grupo do empresário entrou numa aguda crise financeira e de confiança a partir de 2013.

Com a derrocada em série de seus negócios, Eike precisou colocar à venda ativos e ficou sem dinheiro para tocar o empreendimento.

Ele ainda tem 57% da MMX. A chinesa Wisco tem 10% e sul-coreana SK Networks, 8,8%. Elas entraram na mineradora em 2009 e 2010 respectivamente.

As duas companhias estrangeiras desembolsaram juntas mais de US$ 1 bilhão para ficarem com um naco da empresa.

A MMX chegou a valer R$ 18,3 bilhões em junho de 2008. Hoje, com as ações cotadas a R$ 0,29, tem valor de mercado de apenas R$ 47 milhões.

Procurada, a MMX respondeu por meio de nota que o foco do comando da companhia neste momento é tirá-la "do CTI" e sobreviver ao processo de reestruturação. Segundo a mineradora, quando isso ocorrer, poderá "definir o seu destino". 

Autor(a)
Renata Agostini

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