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Crise aumenta demanda por assistencialismo

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Penápolis - Todos os dias, dezenas de trabalhadores da Companhia Açucareira de Penápolis, a Usina Campestre, se reúnem em frente ao Fórum de Justiça da cidade na esperança de boa notícia sobre pagamento dos salários atrasados. A empresa, que está sob processo de recuperação judicial desde 14 de dezembro de 2009, não paga os funcionários da área industrial e administrativa há praticamente quatro meses.

A última vez que os mais de 400 trabalhadores receberam pagamento foi em 30 de dezembro, relativo ao salário de novembro. Além dos demais salários, eles ainda aguardam o recebimento integral do 13º salário. Com a promessa de que uma proposta sobre o pagamento seria informada até o dia 19 de janeiro, eles continuaram trabalhando na manutenção dos equipamentos, preparando a usina para a próxima safra. Porém, como na data marcada não houve proposta, eles cruzaram os braços e esperam solução.

 

REFLEXOS

Os reflexos da crise começaram a aparecer no mês passado. Segundo a assistente social da Sasc (Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania), Rosilei Berbel, cerca de 200 famílias procuraram o órgão em busca de ajuda em março.

Segundo ela, foi feito o cadastro e verificada a condição financeira de cada família. O levantamento apurou a necessidade de fornecer 170 cestas básicas às pessoas que realmente não tinham mais o que comer. "Nossa demanda média por cesta básica é de 60 a 80 por mês. Em março, houve uma sobrecarga", revela.

A secretaria já iniciou o levantamento para saber quantas famílias terão que ser atendidas neste mês, caso não haja solução para a crise.

 

Autor: Lázaro Jr.

Fonte: www.folhadaregiao.com.br (05/04/2010)

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