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Dívidas de empresas em recuperação crescem, mas tendem a se estabilizar

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A soma das dívidas das 20 maiores empresas em recuperação judicial cresceu 14% até maio deste ano e chegou a R$ 154 bilhões. É um aumento menor que o de 2016, quando subiu 91% —impulsionado por Oi e Sete Brasil.

Os dados são da consultoria de reestruturação Alvarez & Marsal. A tendência é que o montante se estabilize, segundo Eduardo Sampaio, diretor da companhia.

"No ano passado, havia o caso da Oi, mas, agora, os grandes grupos que poderiam pedir a proteção já o fizeram. A não ser que a JBS precise entrar em recuperação."

O valor não vai diminuir no curto prazo porque as empresas com as maiores dívidas não têm uma saída de plano à vista, afirma.

O número de novos pedidos caiu 24% nesse período, segundo o Serasa.

A evolução foi puxada pelas grandes empresas —entre janeiro e maio, a quantidade de negócios desse segmento que entrou em recuperação foi 56% menor que no mesmo período de 2016.

"A evolução aconteceu pela mudança de cenário: redução de juros, reabertura das captações em mercados de capitais e retomada de crescimento em alguns setores", afirma Luiz Rubi, economista da instituição.

A trajetória pode se alterar se a turbulência política for muito forte, diz Fabio Terra, da consultoria TCP Latam.

"O quadro pode se reverter se os credores forçarem as empresas a pagar dívidas —nesse caso, elas podem pedir recuperação para se defender."

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