Considerado um dos principais conglomerados do agronegócio de Mato Grosso desde a década de 1980, o Grupo Bom Jesus vai pedir recuperação judicial por conta de dívidas milionárias. Embora os números não estejam completamente fechados, credores apontam que o débito consolidado pode superar amplamente R$ 500 milhões, sendo um terço em dólar – pelo câmbio de hoje, quase R$ 3,65.
Fortemente representado na região Sul, o Grupo Bom Jesus é um dos importantes fornecedores de sementes para os produtores de soja de Mato Grosso. O grupo também é forte no plantio de grãos em suas fazendas, especialmente soja.
O carro-chefe do grupo é a empresa Sementes Bom Jesus, de propriedade de Nelson Vigolo, há tempos estaria com sérias dificuldades para honrar os seus compromissos.
A reportagem do Olhar Direto apurou que, nas últimas semanas, advogados do Grupo Bom Jesus trataram de preparar as ações de pedindo recuperação judicial. A forte crise econômica que assola o país vem agravando a queda da safra, principalmente por causa de problemas de ordem climática, que teria feito o custo do plantio superar a receita conquistada com a colheita.
Outro lado
A reportagem do Olhar Direto não conseguiu contato com a direção do Grupo Bom Jesus.
Em nota anterior sobre o tema, o Grupo Bom Jesus esclareceu que “sempre prezou por bons princípios, profissionalismo e transparência em suas atividades, conforme vem demonstrando há quase quatro décadas desde o início, o que permitiu um sólido crescimento e que continuará trilhando junto aos nossos parceiros e à sociedade”.