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Em crise financeira, Dedini pede recuperação judicial em Piracicaba

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A metalúrgica Dedini S/A entrou com pedido de recuperação judicial no Fórum de Piracicaba (SP). Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, a dívida da empresa com bancos, funcionários, fornecedores e Receita Federal é de cerca de R$ 300 milhões. 

A metalúrgica enfrenta problemas financeiros desde 2013 e, no início de agosto, demitiu 367 trabalhadores na unidade de Piracicaba (SP) e mais 270 na planta de Sertãozinho (SP).

Apesar da situação, a empresa sinalizou que irá manter as atividades, segundo informou o sindicato da categoria. A recuperação judicial é uma medida tomada para evitar a falência de um empreendimento.

Ela é solicitada quando a empresa perde a capacidade de quitar suas dívidas. Quando a Justiça aceita o pedido, a empresa ganha um período maior para reorganizar os negócios e redesennhar o passivo (saldo das obrigações devidas). 

"Fomos informados oficialmente sobre o caso na terça-feira (25) e, como não há precedentes desse tipo de pedido no nosso setor, ainda vamos avaliar os impactos gerados aos trabalhadores. Temos uma reunião hoje (quinta-feira) com nosso jurídico, e após isso, com certeza vamos nos reunir com a diretoria da empresa", disse o diretor do sindicato, João Carlos Ribeiro, o Jipe.

Greve
Em julho, os trabalhadores da Dedini chegaram afazer greve durante uma semana por causa de salários atrasados. Um protesto realizado pelos metalúrgicos fechou uma faixa da Rodovia Fausto Santomauro (SP-147), o que causou congestionamento de 2 quilômetros no sentido Rio Claro-Piracicaba.

Eles voltaram ao trabalho após uma negociação com a empresa de que os salários atrasados dos funcionários do setor administrativo seriam pagos até o fim de agosto.

Segundo o sindicato, no documento expedido pela empresa, ficou acertado que os atrasados referentes aos meses de abril, maio, junho e julho serão depositados no valor de R$ 500 por semana.

Já as férias também serão acertadas até o fim deste mês, de acordo com o mesmo documento. Em relação ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a empresa disse que irá cumprir com os depósitos. A Dedini ainda informou ao sindicato que vai acertar, até o final de agosto, a rescisão dos trabalhadores que foram demitidos no ano passado.

Dívidas
Segundo o sindicato, a empresa, que é líder na fabricação de usinas, enfrenta problemas com dívidas desde dezembro de 2013, quando cerca de 2 mil trabalhadores cruzaram os braços por 24h diante do atraso nos salários. Em setembro, os funcionários também entraram em greve pela falta de pagamento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Por conta da crise, a Dedini colocou em leilão dois barracões, com valor estimado em R$ 24,65 milhões e R$ 178,5 milhões. Em duas tentativas, não houve lances para os prédios. O dinheiro das vendas serviria para quitar dívidas da empresa com a Fazenda Nacional, segundo a instituição.

Autor(a)
Alessandro Meirelles

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