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Em recuperação judicial, Eternit perde quatro vezes mais no trimestre

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SÃO PAULO  -  A Eternit, em recuperação judicial, registrou um prejuízo atribuído aos acionistas controladores de R$ 11,1 milhões no primeiro trimestre de 2018, quatro vezes superior às perdas de R$ 2,9 milhões do mesmo período do ano passado.

O aumento do prejuízo, segundo a empresa, foi resultado da baixa utilização da capacidade industrial e menor volume de vendas, principalmente do amianto crisotila.

De janeiro a março de 2018, a receita líquida totalizou R$ 129,2 milhões, uma queda de 23% em relação a igual intervalo de 2017.

O volume vendido do mineral crisotila caiu 16,3% na comparação anual, reflexo da menor utilização do amianto na fabricação de telhas no mercado interno. Já para o mercado externo, as vendas subiram 35,9%. Em relação às vendas de telhas de fibrocimento, o recuo foi de 36%, também impactado pelo amianto, pois ocorre uma transição para fibra sintética.

No primeiro trimestre de 2018, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi negativo em R$ 1,7 milhão, ante um número positivo de R$ 13,6 milhões no ano passado.

Já os custos dos produtos e mercadorias vendidos caíram 19,3% na comparação anual, para R$ 91,2 milhões, e as despesas operacionais recuaram 15,6%, para R$ 36,2 milhões.

As perdas líquidas financeiras somaram R$ 4,6 milhões, um leve aumento anual de 0,5%.

Em março de 2018, a dívida líquida atingiu R$ 76,8 milhões, um avanço de 11,8% em relação a 2017. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida e Ebitda, ficou em 2,67 vezes contra 1,57% em 2017.

Recuperação judicial

A empresa informou que foi publicado o edital com a relação dos credores da companhia e das controladas.

Assim, inicia-se nesta sexta-feira (25) o prazo de 15 dias para a apresentação dos credores habilitados ou divergências. O edital está disponível no site de relações com investidores da Eternit e do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

A Eternit entrou com o pedido de recuperação judicial no dia 20 de março e no dia 16 de abril foi deferido pela Justiça. Na ocasião, a empresa informou que a necessidade de ajuizamento resultou do banimento do amianto e da crise da construção. Pesaram também os resultados da Companhia Sulamericana de Cerâmica (CSC), joint venture de louças sanitárias, na qual a Eternit tem 60% de participação.

25/05/2018

 

Autor(a)
Marcelle Gutierrez

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