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Escolha de administradores já motiva questionamentos

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Anunciada na sexta-feira como administradora do maior processo de recuperação judicial do país, envolvendo a operadora Oi, a PricewaterhouseCoopers (PwC) pode ser impedida de exercer a função.

Segundo reportagem do jornal "O Globo", de sábado, a escolha da PwC deve ser contestada na 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Foi nessa instância que o juiz Fernando Viana informou a escolha da PwC e do escritório de advocacia Arnoldo Wald como administradores da Oi.

O motivo da contestação, dizem fontes, é que a PwC é uma das credoras da Oi, com pouco mais de R$ 1 milhão a receber, por meio da PwC Contato e PwC Eaq. A dívida total da tele é R$ 65,4 bilhões.

A escolha do escritório também é questionada por pessoas ligadas ao processo, segundo "O Globo", uma vez que o Arnoldo Wald não estava na lista das quatro companhias indicadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que selecionou, além da PwC, a Alvarez&Marsal, a Deloitte e a BDOPRO.

Procurada pelo Valor, a Oi não quis comentar.

Em sua decisão, o juiz Fernando Viana disse que a PwC declarou "não possuir impedimento para atuar no presente processo".

Ainda na sexta-feira, os acionistas da Oi ratificaram a recuperação judicial da Oi, em assembleia geral extraordinária. O encontro foi marcado por discussões entre participantes ligados ao empresário Nelson Tanure e da Pharol (ex- Portugal Telecom). (Com Rodrigo Carro, do Rio)

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