A True Religion, pioneira do jeans de grife, pediu proteção contra a falência ontem. A companhia luta para se adaptar à mudança dos hábitos de compra das novas gerações.
A empresa de Los Angeles, um símbolo de status entre celebridades como Britney Spears e Paris Hilton no começo dos anos 2000, disse que seus credores, que incluem a empresa de private equity que a apoia, TowerBrook Capital Partners, vão transformar dívida em participação, dando a eles o controle majoritário da empresa.
Fundada em 2002 por Jeff Lubell, a True Religion fez seu nome vendendo jeans sofisticados por preços a partir de US$ 300, sempre com um visual desbotado ou rasgado. No entanto, os jeans com costuras coloridas da empresa foram perdendo relevância ao longo da década, na medida em que os consumidores foram afluindo para lojas de "fast fashion" como H&M e plataformas de comércio eletrônico como Amazon.
Os clientes também passaram a gastar mais com grupos que oferecem roupas de estilistas com descontos, como a TJ Maxx.
Na petição apresentada à corte de falências de Delaware, a True Religion estima seus ativos e passivos em US$ 100 milhões e US$ 500 milhões. Segundo o documento, ela tem mais de 5 mil credores. O acordo, acertado com a "maioria substancial" dos financiadores a prazo, reduz o endividamento da empresa em US$ 354 milhões.
A True Religion disse que o plano de concordata inclui o pagamento pleno das reivindicações dos credores comerciais do grupo, incluindo vendedores, fornecedores e locadores. A empresa disse que continuará operando seus negócios sem interrupções.
O Citizens bank está fornecendo até US$ 60 milhões em financiamento DIP para a True Religion.
"Estamos dando um passo importante para reduzir nossa dívida, revigorar a icônica marca True Religion e posicionar a empresa para o crescimento", disse o CEO John Ermatinger.