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Falência de usina em Santa Helena de Goiás preocupa trabalhadores

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Administrador garante que não há previsão para dispensa de funcionários.
Falência foi decretada por juiz; ele alega que unidade deve R$ 1 bilhão.

O juiz Hamilton Gomes Carneiro, da comarca de Anápolis, decretou a falência de uma usina em Santa Helena, no sudoeste de Goiás. A notícia pegou de surpresa os moradores da cidade na tarde de sábado (1º). Um grupo que saiu do nordeste do país há um ano para trabalhar na unidade não sabe como vai ficar a situação de agora para frente. “Estou preocupado. Já trabalhei e agora quero acertar para procurar outro emprego”, alega o cortador de cana José Manoel.

O assistente técnico Perivaldo Cunha Neves também é funcionário da usina. Ele acabou de comprar uma casa e ainda paga as prestações. A preocupação do técnico agrícola é de ficar sem emprego. “Não é só uma família. São milhares de pessoas que dependem da usina de forma direta ou indireta. O comércio da cidade todo depende da usina”, avalia.

Uma das justificativas para a decisão do juiz é de que a empresa não conseguiu comprovar que estava cumprindo um plano de recuperação judicial desde 2009. A dívida, de acordo com o magistrado, chega a R$ 1 bilhão.

Segundo o novo administrador nomeado pela Justiça para cuidar da massa falida, Airton Campos, a partir da próxima semana, deve acontecer uma auditoria nas três unidades do grupo. Uma no município de Santa Helena e duas no Mato Grosso. A intenção é encontrar explicações para a real causa da falência.

“Ainda não temos uma informação precisa. Podem ser vários fatores entre eles a má administração, a má gestão. Podem ser uma série de fatores”, explicou Campos.

De acordo com ele, até que a situação seja esclarecida, nenhum dos quase dois mil funcionários ou fornecedores serão prejudicados. “Temos o dinheiro em caixa para o pagamento da folha dos empregados. Na próxima semana estarei liberando o pagamento do salário deles. Eles vão continuar trabalhando normalmente. Não afeta em nada. Por enquanto não temos nenhuma pretensão de dispensar empregados”, afirmou o administrador.

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Fonte: http://g1.globo.com (02/12/2012)

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