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Fundadores da Seller pedem a falência da Lojas Leader, do BTG

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Valor Econômico, Empresas – 15/01/2016

Movimento falimentar

Falências Requeridas

Requerido: Aurigraph Indústria Gráfica Ltda. Epp - Endereço: Rua Jaboticabal, 240, Bairro de Vila Bertioga - Requerente: Edneide Maria da Silva - Vara/Comarca: 1a Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo/SP

Requerido: Enesa Engenharia Ltda. - Endereço: Av. Das Nações Unidas, 13797, Bloco Iii, Andares 5º, 6º e 20º, Bairro de Vila Gertrudes - Requerente: Fortebanco Vigilância e Segurança Ltda. - Vara/Comarca: 2a Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo/SP

Requerido: Megadrill South América Engenharia e Comércio Ltda. - Requerente: Cláudia Deodato Rastoldo - Vara/Comarca: 5a Vara de Guarulhos/SP

Requerido: Paladar Importação, Comércio e Representação de Produtos Alimentícios Ltda. - Requerente: Mack Color Comércio de Embalagens Ltda. - Vara/Comarca: 4a Vara de Barueri/SP

Requerido: Siol Alimentos Ltda. - Requerente: Triângulo Alimentos Ltda. - Vara/Comarca: 1a Vara de Barueri/SP

Requerido: Uniflex Indústria, Comércio, Importação e Exportação de Carrocerias Ltda. - Requerente: N a Comércio de Produtos Siderúrgicos Ltda. - Vara/Comarca: 2a Vara de São Roque/SP

Processos de Falência Extintos

Requerido: Boa Vista Indústria e Comércio de Artefatos de Concreto Ltda. - Requerente: Manetoni Distribuidora de Produtos Siderúrgicos Importação e Exportação Ltda. - Vara/Comarca: 2a Vara do Foro Distrital de Arujá/comarca de Santa Isabel/SP - Observação: Homologado o acordo celebrado entre as partes.

Requerido: Hi End Distribuidora de Móveis e Eletros Ltda. - Requerente: Esmaltec S/A - Vara/Comarca: 1a Vara de Recuperação de Empresas e Falências de Fortaleza/CE

Requerido: Limp Já Indústria e Comércio Ltda. - Requerente: Industrial Gráfica e Editora Ltda. - Vara/Comarca: 2a Vara de Teixeira de Freitas/BA - Observação: Falta de interesse de agir.

Recuperação Judicial Requerida

Empresa: Denilson Estevam Carneiro ME - Vara/Comarca: 10a Vara de Guarulhos/SP

Empresa: Indústria e Comércio de Plásticos Majestic Ltda. - Vara/Comarca: 2a Vara de Guarulhos/SP

Recuperação Judicial Deferida

Empresa: Adelco Sistemas de Energia Ltda. - Administrador Judicial: Dr. Luiz A. Caldeira Miretti - Vara/Comarca: 3a Vara de Barueri/SP

Empresa: Goldmaq Máquinas e Equipamentos Eireli - Administrador Judicial: Mais Auditoria Consultoria e Perícias - Vara/Comarca: 6a Vara de Goiânia/GO

Empresa: Higi Plus Indústria de Produtos Higiênicos Ltda. - Administrador Judicial: Dr. Ricardo Gonçales - Vara/Comarca: 1a Vara de Goianápolis/GO

Empresa: Spe Adelco Administradora de Imóveis Ltda. - Administrador Judicial: Dr. Luiz A. Caldeira Miretti - Vara/Comarca: 3a Vara de Barueri/SP

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Valor Econômico, Empresas – 15/01/2016

Atraída pela Copa, AEG reavalia o Brasil

Por Murillo Camarotto

AEG, que administra o Allianz Parque, o estádio do Palmeira, cobra da WTorre o recebimento de cerca de R$ 4 milhões atrasados, em notificação extrajudicial

Atraída pela Copa do Mundo de 2014, a americana AEG, gigante global de gestão de arenas esportivas, vive dias difíceis no Brasil. Um ano e meio após o encerramento do torneio, a empresa está em litígio com seus principais clientes e já fala em deixar o país.

O conflito mais agudo está sendo travado com a construtora WTorre, dona dos direitos de exploração do Allianz Parque, estádio do Palmeiras. A AEG cobra da construtora o recebimento de cerca de R$ 4 milhões atrasados e na semana passada enviou uma notificação extrajudicial requisitando o recebimento os valores.

Os problemas, entretanto, não param por aí. A empresa também anda às turras com a Odebrecht, com quem tem parcerias na Arena Pernambuco e no Maracanã. A operação deficitária dos dois estádios complicou a situação da empreiteira, que está renegociando os contratos firmados com os governos estaduais.

Responsável pela gestão de arenas famosas, como o Staple Center, em Los Angeles, a AEG começou a fazer negócios no Brasil em 2011, quando a viabilidade econômica dos 12 estádios encomendados para a Copa era questionada. Os defensores dos bilionários investimentos garantiam que shows e eventos fechariam o buraco deixado pelo futebol.

A AEG era frequentemente apresentada como detentora da fórmula para tornar lucrativas as arenas "multiuso". Em alguns casos, como a Arena da Baixada, em Curitiba, a empresa apenas assessorou a construção do estádio para torná-lo apto a receber eventos que fossem além de duas traves e quatro linhas.

Em outros casos, como no Allianz Parque, a missão era atrair e promover os eventos. De acordo com a WTorre, não foi isso que aconteceu. A construtora até reconhece a existência de eventuais débitos com a AEG, mas alega que a empresa americana não entregou o que prometeu.

Um exemplo mencionado é o próximo show dos Rolling Stones. Marcado para fevereiro, o evento acabou indo para o Morumbi, estádio do São Paulo Futebol Clube. A WTorre argumenta ainda que a maioria dos eventos realizados até agora no Allianz Parque foi captada pelo braço de entretenimento da construtora, e não pela AEG.

Outra crítica foi direcionada ao amistoso entre Brasil e México, realizado no estádio do Palmeiras em junho do ano passado. De acordo com a WTorre, a AEG "ignorou" a existência do feriado de Corpus Christi e atrasou o envio de convites para a partida. Na avaliação da construtora, a empresa americana "subestimou" o mercado brasileiro.

Diante dos problemas frequentes, a WTorre pediu uma remodelagem do contrato, que está sendo negociada entre as partes. O mesmo está acontecendo na Arena Pernambuco e no Maracanã, onde a Odebrecht tem atrasado os pagamentos pelos serviços de gestão prestados pela AEG.

No caso de Pernambuco, a Odebrecht diz que tem cumprido suas obrigações contratuais, mas diz que "eventuais problemas causados pela falta de pagamento das contraprestações devidas pelo Estado de Pernambuco serão solucionados da maneira mais rápida possível e em termos razoáveis para as partes".

O estádio é uma parceria público-privada, por meio da qual o governo estadual deveria completar eventuais frustrações da receita prevista na operação. A construção da arena também está sendo paga pelos cofres públicos, mas o governo quer revisar o contrato e encomendou um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para passar um pente fino nos valores acordados.

Fortemente questionada antes do início das obras, a Arena Pernambuco integrava um projeto ambicioso, batizado de Cidade da Copa. A ideia do governo era fomentar a expansão da região metropolitana do Recife, usando o estádio como chamariz para a atração de grandes investimentos imobiliários, como shopping, universidades e condomínios.

Nada saiu do papel e a arena - localizada no município de São Lourenço da Mata - vive praticamente às moscas. É utilizada quase que exclusivamente pelo Náutico, time de menor torcida entre os três principais clubes de Pernambuco. O governo se defende, alegando que a Copa trouxe importantes investimentos, sobretudo em mobilidade.

No Maracanã, onde a AEG detém participação de 5% no consórcio que administra o estádio, o imbróglio é parecido. A Odebrecht, que controla o consórcio, quer devolver para o governo do Rio a arena, que vem dando prejuízo desde que sua bilionária reforma foi concluída, em 2013.

Apesar de ter participação societária no consórcio, a AEG também cuida da operação do Maracanã e alega que não está sendo remunerada. A Odebrecht informou, por meio de sua assessoria, que não iria comentar este caso.

Outra operação frustrada para a AEG está em Porto Alegre, na Arena do Grêmio. A empresa prestou consultoria para o clube e estava na expectativa de assinar contrato para a gestão do estádio, mas os problemas enfrentados pela OAS - que está em recuperação judicial e envolvida na Operação Lava-Jato - colocaram os planos em banho-maria.

Apesar das inúmeras queixas feitas nos bastidores, oficialmente a AEG diz apenas que está negociando as pendências com os clientes de forma "amigável".

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Valor Econômico, Agronegócio – 15/01/2016

Copersucar descarta nova aposta em etanol

Por Fabiana Batista

Diante de um cenário anêmico para as exportações de etanol, a Copersucar, maior trading do biocombustível do mundo, segue consolidando sua fatia nos mercados domésticos dos dois maiores produtores e consumidores globais: Estados Unidos e Brasil. No front americano, vai ampliar neste ano sua participação na trading Eco-Energy, que controla desde 2012. No Brasil, onde a produção de etanol se estagnou, a Copersucar busca ao menos manter sua fatia, apesar da crise que reduziu sua base de usinas sócias.

A companhia, que faturou R$ 21 bilhões em 2014/15, não pretende, ao menos por ora, elevar as apostas no Brasil. O momento é de parcimônia, na visão da companhia, que concluiu em 2015 um plano de investimento quinquenal de R$ 2 bilhões em logística. Mesmo nos EUA, o foco é consolidar investimentos já feitos, disse ao Valor o presidente do conselho de administração da Copersucar, Luís Roberto Pogetti. Lá, a empresa apenas concluirá neste ano a construção de outros três terminais (de um total de cinco) de carregamento e descarregamento de etanol. "Até por conta da conjuntura no Brasil, não há espaço para tomar mais risco nos EUA. Qualquer investimento na controlada americana significaria alocar mais capital próprio ou elevar dívida", afirmou.

Além disso, segundo o executivo, está confirmada a compra do capital restante da Eco-Energy, de forma que até 2017 a trading americana será controlada integral da Copersucar. Em 2012, a trading brasileira - que junto com a Cargill, na joint venture Alvean, também é a maior trading global de açúcar - entrou no capital da americana com a compra de uma fatia de 65%, por US$ 90 milhões. Em 2015, adquiriu mais 11,66%, por US$ 18 milhões. Em abril deste ano e em abril de 2017 vai exercer as outras opções de compra, completando assim os 100%.

Com a Eco-Energy, a Copersucar se tornou a maior trading de etanol do mundo. Nesta safra 2015/16, que vai até 31 de março, a brasileira vai movimentar, com as operações nos dois países, 12,8 bilhões de litros do biocombustível, 6% de aumento. O crescimento virá do mercado brasileiro, onde a Copersucar pretende negociar 5 bilhões de litros, ante os 4,3 bilhões de 2014/15. Nos Estados Unidos, os volumes ficarão estáveis em 7,8 bilhões de litros.

O diferencial da operação americana neste exercício tende a vir do câmbio, disse Pogetti. O faturamento deve se manter em dólar no patamar de US$ 4,2 bilhões, mas o resultado líquido, convertido em reais, tende a ser mais robusto.

Já as margens líquidas (em dólar) da Eco-Energy devem voltar em 2015 aos patamares "padrão" de uma trading (de 2% a 3%). Entre 2012 e 2013, o mercado americano apresentou volatilidade no preço do etanol bem acima da média, o que fez as margens líquidas dobrarem.

Mas neste ciclo, os resultados líquidos melhores tendem a vir do etanol no Brasil, avaliou o executivo. Ainda que a Copersucar tenha carregado menos estoques do produto para vender na entressafra (entre janeiro e março) do que normalmente faz, a volatilidade está maior. É nessas oscilações que está a oportunidade de ganho para as tradings. Ao longo desta safra 2015/16, os preços do etanol saíram do patamar de R$ 1,23 para R$ 2 o litro. "Só não estocamos mais porque o juro mais alto aumentou o risco", explicou.

O volume maior de etanol que será comercializado no Brasil pela Copersucar neste ciclo decorre do aumento da produção de suas usinas sócias, agora em menor número que há alguns anos. Desde 2013, a companhia vem perdendo sócios (que vendem a produção de etanol e açúcar com exclusividade à empresa) seja por decisão estratégica de cada grupo - como foi o caso dos paulistas Clealco e Usina Batatais - ou por dificuldades financeiras, como ocorreu com a Aralco, que está em recuperação judicial, e o Grupo Virgolino de Oliveira, com graves dificuldades financeiras.

De acordo com Pogetti, houve uma compensação parcial, pois as usinas que se mantiveram sócias elevaram sua moagem. A empresa tem no seu quadro societário 21 grupos produtores que, juntos, vão processar nesta safra 92 milhões de toneladas de cana. Em 2012, eram 25 grupos, com moagem de 94,7 milhões.

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Valor Econômico, Empresas – 15/01/2016

Fundadores da Seller pedem a falência da Lojas Leader, do BTG

Por Adriana Mattos

A família Furlan, fundadora da rede Seller, entrou com pedido de falência contra a Lojas Leader na comarca de Niterói (RJ) na noite de quarta-feira, segundo informou ontem o Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor. A ação se refere ao atraso no pagamento de parcela relacionada com a venda da Seller para a Leader, que venceu em 21 de dezembro. O valor da dívida protestada é de R$ 6,4 milhões.

Controlador da empresa, o BTG Pactual deve pedir, nos próximos dias, a suspensão do processo por meio de liminar, segundo fontes do setor.

O pedido informa que a cláusula do aditivo de acordo estipula o pagamento da segunda parcela relativa à venda da Seller, com obrigações mensais que se iniciaram em novembro de 2015 e terminam em maio de 2016. A ação ainda informa que, por conta do atraso no pagamento em dezembro, houve o vencimento antecipado do saldo da dívida de R$ 150 milhões, mas o protesto se deu apenas com relação à segunda parcela.

O BTG informa que, em 21 de dezembro, notificou os vendedores das empresas Seller das "inúmeras desconformidades identificadas referentes à situação patrimonial e contábil das empresas Seller as quais, conforme previsão contratual, são passíveis de ajustes e retenções".

"Dessa forma, os valores pleiteados pelos vendedores não são devidos", completa. A nota informa ainda que a companhia "não foi notificada da ação mencionada". O Valor apurou que esses ajustes nos valores devidos foram tratados em conversas entre o banco e a família no fim do ano passado.

O BTG pode pedir a suspensão do processo por meio de liminar informando que o contrato entre as partes contém cláusula que obriga as partes submeterem litígios à uma câmara arbitral. Caso o faça, o credor pode alegar que execuções e falências não cabem análise de câmaras arbitrais.

A Leader registrava dívidas de pouco mais de R$ 800 milhões ao fim do terceiro trimestre de 2015, além dos R$ 150 milhões devidos à Seller, para um caixa que somava em setembro cerca de R$ 50 milhões e uma soma de estoques de R$ 225 milhões

A parcela prevista para dezembro de 2015, ainda segundo os Furlan, venceu em 21 de dezembro, "sem que tenha havido qualquer pagamento pela Leader", informa o documento encaminhado à comarca. Em 22 de dezembro, os requerentes notificaram a empresa sobre o vencimento, sem retorno, e uma semana depois, o protesto foi distribuído ao 19° Tabelião de Protestos de Niterói. A Leader foi intimada em 30 de dezembro, com prazo de três dias úteis para pagar. Como não ocorreu, o título foi protestado em 6 de janeiro e a empresa, agora, pede a falência.

O BTG e os Furlan estiveram em conversas nesta semana para buscar um acordo, mas não houve avanços. Controladores da Seller sugeriram a devolução da rede aos fundadores, incluindo as lojas e um pagamento, segundo fontes. O BTG foi contra a proposta.

A Seller foi criada em 1995 e reúne cerca de 60 lojas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, com foco na área de cama, mesa e banho.

O pedido de falência acontece num momento difícil para a Leader, uma vez que a companhia precisa de uma capitalização a curto prazo por parte de seus sócios - BTG e família Gouvêa, fundadora da Leader. Os Gouvêa já informaram ao banco que não deverão acompanhar uma possível capitalização e se ela ocorrer, serão diluídos.

O BTG vive um momento de crise de liquidez e negocia vários de seus ativos. A empresa ainda precisa, ao mesmo tempo, acertar o vácuo no comando da Leader, desde a saída da atual equipe. Alexandre Vasconcellos, presidente da rede, deve deixar a empresa nas próximas semanas após a saída da consultoria Eneas Pestana & Associados, que encerrou seu contrato com a varejista em dezembro. Vasconcellos foi trazido pela Pestana & Associados.

O controlador da Leader tem buscado uma saída rápida que pode envolver a venda de fatia ou totalidade da empresa para um novo sócio ou outra empresa e entrada de nova equipe de gestão. Um caminho pode ser a contratação da consultoria Alvarez & Marsal e a entrada do advogado Fabio Carvalho como sócio, como havia informado o Valor na semana passada.

Autor(a)
Adriana Mattos

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