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Fundos de pensão injetam mais R$ 1 bilhão na Invepar

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Valor Econômico, Empresa – 12/01/2016

Movimento falimentar

Falências Requeridas

Requerido: Comércio de Máquinas Ubatuba Ltda. ME - Requerente: Rowa do Brasil Comercial de Bombas Ltda. - Vara/Comarca: 3a Vara de Ubatuba/SP

Requerido: Forte Real Distribuidora Ltda. - Requerente: Orion Fomento Empresarial Ltda. - Vara/Comarca: 5a Vara de Santo André/SP

Requerido: Mecafer Mecanização e Terraplenagem Ltda. - Requerente: Unileste Transportes Ltda. - Vara/Comarca: 1a Vara de Sertãozinho/SP

Requerido: Rio Pardo Pack Indústria e Comércio de Embalagens e Injeção Termoplástica Ltda. - Requerente: Prudent Investimentos Ltda. - Vara/Comarca: 2a Vara de São José do Rio Pardo/SP

Falências Decretadas

Empresa: Eletroferragens Phoenix Ltda. (Extensão Dos Efeitos da Falência da Empresa E. D. Eletroferragens Ltda.) - Administrador Judicial: O Mesmo Dos Autos Principais - Vara/Comarca: 1a Vara de Estrela/RS

Empresa: Oriental Indústria e Comércio Ltda. ME (Extensão Dos Efeitos da Falência da Empresa E. D. Eletroferragens Ltda.) - Administrador Judicial: O Mesmo Dos Autos Principais - Vara/Comarca: 1a Vara de Estrela/RS

Processos de Falência Extintos

Requerido: Self Baby Comercial, Importadora e Exportadora Ltda. - Requerente: Banco Daycoval S/A - Vara/Comarca: 1a Vara de Cotia/SP - Observação: Homologado acordo celebrado entre as partes.

Recuperação Judicial Requerida

Empresa: Distribuidora de Alimentos K42 Eireli - Vara/Comarca: Vara Única de Pinheiral/RJ

Empresa: Usina Santa Eliza S/A - Vara/Comarca: 1a Vara de Sertãozinho/SP

Empresa: Zanini Equipamentos Pesados Ltda. - Vara/Comarca: 1a Vara de Sertãozinho/SP

Empresa: Zanini Indústria e Montagens Ltda., Atual Denominação de Sermatec Indústria e Montagens Ltda. - Vara/Comarca: 1a Vara de Sertãozinho/SP

Recuperações Judiciais Concedidas

Empresa: Centrix Contact Center Ltda. - Vara/Comarca: 1a Vara de Barueri/SP - Observação: Face à aprovação do plano pela assembleia geral de credores.

Empresa: Centrix Marketing Services Ltda. ME - Vara/Comarca: 1a Vara de Barueri/SP - Observação: Face à aprovação do plano pela assembleia geral de credores.

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Valor Econômico, Brasil – 12/01/2016

Rodovias entram no radar dos chineses

Por Daniel Rittner, Murillo Camarotto e Tainara Machado

Depois da ofensiva no setor energético, com a compra de usinas hidrelétricas e a entrada no pré-sal, os chineses se preparam para estrear na área de rodovias. Eles estão em negociações adiantadas para adquirir a BR-153, no trecho entre Anápolis (GO) e Palmas (TO), concedido à Galvão Engenharia e que jamais teve iniciadas as obras de duplicação.

Um desfecho do negócio pode ocorrer em 90 dias. Esse foi o prazo dado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para obter uma solução para as obras na rodovia. Em recuperação judicial e envolvida na Operação Lava-Jato, a Galvão arrematou a concessão da BR-153 e assinou contrato em setembro de 2014, mas praticamente abandonou os canteiros no trecho privatizado.

A agência deu um ultimato à empreiteira, que terá que escolher entre a conclusão da primeira fase das obras e a venda do controle da concessão. A ANTT já emitiu um parecer, alertando para o risco elevado de insolvência da concessionária, sem caixa suficiente para arcar com suas obrigações contratuais. Uma reunião entre a Galvão, a agência e os investidores chineses estava prevista para a semana passada, mas foi cancelada. O contrato prevê investimentos de R$ 2,7 bilhões nos cinco primeiros anos - período em que a rodovia deverá ser totalmente duplicada.

De acordo com fontes do governo e da iniciativa privada, os chineses também planejam entrar na disputa pela Rodovia do Frango, corredor logístico que atravessa uma região produtora de carnes no Paraná e em Santa Catarina. Esse trecho deveria ter sido leiloado no ano passado, mas esbarrou em questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU) e provavelmente será licitado no primeiro semestre.

O olhar mais atento de Pequim para as rodovias ocorre em função do atraso nos leilões de ferrovias. A estatal CRCC, sigla da China Railway Construction Company, firmou parceria com a Camargo Corrêa para disputar a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico). O projeto liga os municípios de Campinorte (GO) e Lucas do Rio Verde (MT).

Sem perspectivas concretas de avanço na Fico, que nunca foi colocada em leilão, os chineses aproveitaram uma reunião recente com autoridades brasileiras para deixar claro que escolheram um novo alvo para entrar no segmento: a ferrovia Rio-Vitória.

Trata-se de um traçado de 577 quilômetros, orçado em mais de R$ 7 bilhões, conectando terminais portuários nas imediações das duas capitais. A China, no entanto, demonstrou preferência pelo modelo em que a estatal Valec adquire integralmente a futura capacidade de transporte da ferrovia e revende esse direito no mercado. Na prática, isso garante demanda aos investidores. Diante da resistência do mercado, o governo havia desistido desse modelo, mas nunca revogou os atos legais que o sustentavam.

Desde que a presidente Dilma Rousseff se reuniu, em maio do ano passado, com o primeiro-ministro chinês, Li Kiqiang, vários investimentos importantes foram anunciados pelos asiáticos. Em novembro, o grupo NHA oficializou a aquisição de 23,7% da companhia aérea Azul, em uma transação de R$ 1,7 bilhão.

Na mesma semana, a estatal China Three Gorges (CTG) protagonizou o leilão de hidrelétricas, ao arrematar as usinas de Jupiá e Ilha Solteira, ambas no Estado de São Paulo, por R$ 13,8 bilhões. Antes, a mesma empresa havia adquirido o controle das hidrelétricas de Salto (GO) e Garibaldi (SC), negócios que movimentaram cerca de R$ 1,75 bilhão.

Além da aquisição de ativos, a China tem demonstrado apetite pela área financeira. Em 2014, os empréstimos chineses para a América Latina somaram US$ 22,1 bilhões, cifra superior à desembolsada por fontes "tradicionais", como Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Para o Brasil, foram destinados US$ 8,6 bilhões naquele ano, segundo o centro de estudos Diálogo Interamericano, de Washington.

Entre as operações mais relevantes está a captação de US$ 7 bilhões pela Petrobras, que enfrenta dificuldade para acessar os demais mercados internacionais desde que perdeu o grau de investimento pela Moody's, no início de 2015. Uma parte da operação veio do Banco de Desenvolvimento da China (BDC), enquanto o restante ficou a cargo do Industrial and Commercial Bank of China Leasing (ICBC).

Embora a Petrobras não tenha divulgado os termos do acordo, a aproximação com a China resultou em aumento das exportações de petróleo do Brasil para o país asiático. Os desembarques do produto somaram US$ 4,1 bilhões em 2015, alta de 20% em relação ao exercício anterior. Com isso, os chineses desbancaram os Estados Unidos como principal destino do petróleo brasileiro.

Além da estatal, grupos privados também firmaram protocolos de entendimento para operações de crédito com bancos chineses, como a operadora de telefonia Oi (US$ 1,2 bilhão, com o BDC) e a Vale (US$ 3 bilhões, com o ICBC).

Pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), Lívio Ribeiro recomenda cautela com esses empréstimos. "Parece ótimo pedir dinheiro para a China, mas é importante saber qual é o retorno esperado, qual a contrapartida", diz. Os investidores do país só vão se interessar por obras em que a taxa de retorno seja alta - e aí o potencial de atração de qualquer investidor é alto -, ou na qual tenham alguma contrapartida, seja com uso de fornecedores chineses ou venda de produtos, completa.

Ribeiro lembra que os financiamentos concedidos para a Argentina, por exemplo, estavam atrelados a algumas condições pré-estabelecidas, como a aquisição de produtos chineses.

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Folha de São Paulo, Mercado – 12/01/2016

Bancos dão mais prazo para Sete Brasil pagar dívida

JULIO WIZIACK DE SÃO PAULO

O PUBLICIDADE s bancos credores da Sete Brasil, empresa que alugaria sondas de exploração do pré­sal para a Petrobras, reuniram­se nesta segunda (11) e decidiram dar mais prazo para a companhia pagar sua dívida de R$ 14 bilhões que venceu no final de 2015.

Até o fechamento desta edição, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco e Santander discutiam se dariam mais 90 dias ou até 120 dias de prazo.

Essas instituições concordaram em esticar de novo o prazo porque a Sete pode aprovar um pedido de recuperação judicial em uma assembleia geral marcada para quinta­feira (21). Os bancos acreditam que a Petrobras apresentará alguma proposta à Sete antes disso

Os credores apostam que a estatal aceitará alugar sondas da Sete, mas um número menor de equipamentos —em vez de 14, seriam 6.

CENÁRIOS

Os principais sócios da Sete —os bancos BTG Pactual, Bradesco e Santander, os fundos de pensão estatais Petros, Previ, Funcef, Valia e o fundo FI­FGTS pensam em entrar com o pedido de recuperação. A Petrobras também é sócia.

Nos bastidores, os acionistas não acreditam mais que a estatal vá apresentar uma proposta firme. Mas, caso a oferta seja feita, como esperavam os credores, os sócios devem aceitá­la.

Com menos sondas seria possível quitar as dívidas e recuperar parte do capital investido. Para os sócios, seria melhor do que correr o risco de ver a companhia ir à falência caso o pedido de recuperação seja aceito pela Justiça.

A decisão de entrar com um pedido de recuperação é dos acionistas da Sete. Para os credores, esse é o pior cenário porque eles seriam os mais prejudicados.

Em um processo de recuperação judicial, a empresa em dificuldade negocia descontos agressivos na dívida para que possa se reestruturar. Caso a Sete ganhe sobrevida, eles receberiam a dívida integralmente mas o prazo seria maior.

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Folha de São Paulo, Mercado – 12/01/2016

Fundos de pensão injetam mais R$ 1 bilhão na Invepar

RAQUEL LANDIM JULIO WIZIACK RENATA AGOSTINI DE SÃO PAULO

Os fundos de pensão —Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa)— injetaram R$ 1 bilhão na concessionária de infraestrutura Invepar para permitir que a empresa salde suas dívidas.

Os fundos são sócios da Invepar, com quase 25% cada um. Os outros 25% pertencem à construtora OAS, que está em recuperação judicial após ser envolvida no escândalo da Operação Lava Jato.

Os recursos foram aplicados por meio de compra de debêntures (títulos de dívida) em novembro de 2015.

Segundo apurou a Folha, os fundos ficaram, cada um, com R$ 333 milhões da emissão, que chegou a R$ 2 bilhões.

A gestora canadense Brookfield investiu R$ 500 milhões, enquanto os bancos credores da Invepar (Banco do Brasil, Bradesco, Citibank, BTG) entraram com outros R$ 500 milhões.

O dinheiro foi utilizado integralmente no pagamento de dívidas. Em setembro de 2015, a concessionária devia R$ 3,97 bilhões no curto prazo, mas o volume de recursos disponível de caixa estava em apenas R$ 1,23 bilhão.

A Invepar possui ativos valiosos como o aeroporto de Guarulhos e as rodovias Raposo Tavares e BR 040, mas boa parte ainda demanda muitos investimentos e gera pouca receita. O crédito também ficou escasso depois que executivos da OAS foram presos na Lava Jato.

De janeiro a setembro de 2015, a receita da Invepar caiu 9% para R$ 3,8 bilhões, enquanto sua dívida líquida chegava a R$ 11,4 bilhões.

A relação dívida/geração de caixa, indicador de solvência, saltou de 4,7% para 6,8% em um ano.

A Invepar se endividou para vencer os leilões das concessões e contava com uma oferta de ações para levantar R$ 3 bilhões e pagar os compromissos. Mas, com a crise, não conseguiu acessar o mercado de capitais.

Os fundos precisavam socorrer a empresa, mas não podiam aumentar sua participação, que está no limite do que é permitido por seus regulamentos. A saída foi emprestar dinheiro.

O rendimento das debêntures é alto: vai de IPCA mais 11,9% a IPCA mais 14,2%, enquanto os dividendos pagos aos fundos pela Invepar estão em 11% sem descontar a inflação. O vencimento do papel é em 9 anos.

A operação, porém, provoca polêmica, porque a Invepar deu como garantia das debêntures ações de suas controladas, que representam cada uma de suas obras.

Segundo a Folha apurou, os conselheiros independentes dos fundos dizem que essas garantias não protegem seus associados, porque os fundos já são os donos das controladas.

BROOKFIELD

A Brookfield investiu nas debêntures por causa de seu interesse em comprar a fatia da OAS na Invepar. A gestora se comprometeu a oferecer R$ 1,35 bilhão no leilão a ser feito pela OAS.

O valor é o máximo que os canadenses aceitam pagar, mas representa um problema para os fundos, que declaram que sua fatia na Invepar vale R$ 2,4 bilhões e teriam que fazer um ajuste de R$ 1 bilhão em seus balanços.

Conforme a Folha apurou, o plano da Brookfield é se tornar majoritária depois que o negócio sair, por meio um aumento de capital, que não teria adesão dos fundos.

Representantes dos fundos de pensão, da Brookfield e da Invepar não comentaram.

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RAIO-X INVEPAR

Quem é?

Empresa formada pela OAS e pelos fundos de pensão Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa), Petros (Petrobras)

Onde atua?

Em concessões de segmento de infraestrutura em transportes

Alguns negócios:

Participação na concessionária do aeroporto de Guarulhos, Linha Amarela, Metrô Rio, Rodovias Raposo Tavares e BR-040

Principais concorrentes:

Odebrecht TransPort e CCR

Por que está em crise?

A Invepar se endividou para vencer os leilões das concessões e contava com uma oferta de ações para levantar R$ 3 bilhões e pagar os compromissos. Com a crise, não conseguiu acessar o mercado de capitais

Números da empresa:

R$ 1,066 bilhão foi o prejuízo da companhia de janeiro a setembro de 2015

R$ 3,83 bilhões foi a receita da Invepar no período

 

Autor(a)
RAQUEL LANDIM JULIO WIZIACK RENATA AGOSTINI

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