Fabricante sueca de carros pode perder a sua proteção contra a falência por não ter conseguido investimentos chineses
A fabricante sueca de carros Saab sofreu nesta quarta-feira uma nova ameaça ao seu futuro, quando o administrador indicado pela Justiça para sua reorganização disse que a proteção contra falência da empresa deveria ser removida porque a montadora não conseguiu garantir investimentos chineses.
A Saab, uma das mais marcas suecas mais conhecidas, está à beira do abismo desde o começo do ano passado, quando a falta de dinheiro a forçou a parar a produção. Atualmente a companhia está sob proteção judicial contra credores e possíveis pedidos de falência. A dona da companhia, Swedish Automobile, tentou uma série de acordos para salvar a montadora, mas a controladora anterior, a General Motors, que ainda vende tecnologia à Saab, vetou um negócio com os investidores chineses Pang Da Automobile Trade e Zhejiang Youngman Lotus Automobile.
"Como os recursos requeridos não foram recebidos e o cronograma estatal não foi mantido, a companhia não tem capacidade de pagar futuras dívidas (...)", afirmou o administrador indicado pela Justiça, Guy Lofalk, em comunicado, pedindo o fim da proteção da empresa contra credores. Lofalk também citou a resistência da GM em aprovar os acordos propostos.
A Saab não produz nenhum carro há meses porque a principal fábrica em Trollhattan (Suécia) fechou por causa de contas em aberto. Também não pagou os salários devidos em 25 de novembro. A corte do distrito de Vanersborg, no sul da Suécia, disse que Saab e credores tinham até 15 de dezembro para apresentar seus pareceres sobre o pedido do administrador. A Justiça tomará a decisão no dia seguinte.
O fim da proteção abrirá caminho para os credores entrarem com pedido de falência da Saab. A corte já tem um pedido, que está suspenso. A GM afirmou na terça-feira que não aceitará a estrutura de propriedade proposta para a Saab, que inclui um banco chinês, o que deixou a fabricante sueca de carros mais perto da liquidação.
A Swedish Automobile declarou nesta quarta-feira que ainda tinha esperanças de receber o dinheiro necessário para a reorganização continuar. "A gestão da Saab Automobile vai considerar passos futuros e continua nas negociações com a Youngman sobre o financiamento necessário para pagar salários e ser capaz de continuar a reorganização", afirmou a empresa em comunicado.
A GM declarou que seria difícil aceitar a venda da Saab aos atuais interessados, porque isso prejudica a competitividade da companhia norte-americana na China e outros mercados importantes. Sem as tecnologias da GM e o contrato de produção seria impossível para a Saab continuar operando, segundo analistas.
Fonte: http://economia.ig.com.br , com informções da Reuters (07/12/2011)