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GM quer reestruturar Opel sem ajuda de governos europeus

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FRANKFURT - A General Motors afirmou nesta quarta-feira que desistiu de pedir ajuda de governos europeus para reestruturar a unidade Opel, e que decidiu financiar o plano de reforma sozinha após negociações mal sucedidas com governos.

A alteração na estratégia da montadora é anunciada uma semana após o governo alemão ter rejeitado o pedido da Opel por uma subscrição de 1,1 bilhão de euros (1,4 bilhão de dólares) em empréstimos de Berlim.

A GM desistiu de vender a Opel no final do ano passado após rejeitar um acordo apoiado pela Alemanha, e afirmou que o processo para obter ajuda do Estado para sua unidade europeia se tornou muito lento e complexo desde então.

"Nosso pedido foi feito há mais de seis meses, e seguimos o processo segundo as determinações dos governos. Não imaginávamos que demoraria tanto", disse o presidente-executivo da Opel, Nick Reilly, a jornalistas. 

A GM já havia dito que precisava da ajuda do governo para cortar custos e financiar novos investimentos na Opel. 

A unidade precisa de um total de 3,3 bilhões de euros de financiamento da GM, disse Reilly. 

A GM, que passou por reestruturação com a ajuda do governo norte-americano no ano passado, já havia se comprometido a financiar uma parte da reorganização da Opel. 

"Obviamente, planejaremos a liquidez o melhor possível para minimizar o valor de saque que temos", disse Reilly.

A decisão da GM para financiar a operação sozinha aumenta a probabilidade sobre uma oferta pública inicial de ações da GM nos Estados Unidos ainda este ano.

A GM busca reduzir a participação de 61 por cento do governo norte-americano na companhia e estuda planos para levantar recursos com bancos também, segundo afirmaram conselheiros.

A GM inicialmente enviou uma solicitação a países com fábricas da Opel --incluindo Espanha, Áustria, Hungria e Polônia-- para fornecer a maior parte do dinheiro necessário na reestruturação, mas depois prometeu cobrir quase metade do valor.

Autor: Maria Sheahan, da  Reuters

Fonte: http://economia.estadao.com.br (16/06/2010)

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