Processo serve para evitar que empresas endividadas fechem as portas. Processo preocupa vítimas do desabamento de silo em 2014, que ainda aguardam indenização.
15/09/2023
O Moinho Motrisa entrou com pedido de recuperação judicial no dia 5 de setembro. A empresa funciona no estado desde 24 de março de 1964. O processo preocupa as vítimas do acidente com um dos silos do moinho, em 2014, que ainda aguardam indenização.
No pedido de recuperação judicial, o grupo apresentou como justificava a pandemia de Covid-19 e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que impactaram as finanças da empresa. A dívida chega a R$ 140 milhões.
A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas.
É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça. As dívidas ficam congeladas por 180 dias e a operação é mantida.
A recuperação judicial foi instituída no Brasil em 2005 pela lei 11.101, que substituiu a antiga Lei das Concordatas, de 1945. A diferença entre as duas é que, na recuperação judicial, é exigido que a empresa apresente um plano de reestruturação, que precisa ser aprovado pelos credores.
Na concordata, era concedido alongamento de prazo ou perdão das dívidas sem a participação dos credores.