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Hopi Hari vai à justiça contra pedido de falência

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Um dos credores do Hopi Hari, Cesar Federmann, entrou com pedido de falência contra o parque de diversões na Comarca de Vinhedo. O empresário é sócio-diretor da Senpar Terras de São José e controla um shopping e um complexo comercial próximos ao parque. Ele emprestou R$ 4,3 milhões ao Hopi Hari em dezembro de 2014, mas não teve o valor devolvido, estimado nesta quinta-feira (14) em R$ 5,9 milhões (com correções). No começo de janeiro, Federmann protestou a dívida, mas, mesmo assim, ela ainda não foi paga. A saída encontrada para pressionar a empresa a pagar o débito foi fazer o pedido de falência.
Em nota, a direção do parque informou que desconhece o pedido de falência e que o pedido de protesto foi suspenso pela Justiça na tarde de terça-feira (12). Os advogados das duas empresas devem se reunir para discutir o assunto ainda nesta semana. O texto diz também que Federmann é sócio participante e atuante no polo turístico Serra Azul em Vinhedo, composto por Hopi Hari, Wet’n Wild, dois shopping centers, um hotel e um empreendimento imobiliário, “todos vizinhos, que em conjunto desenvolvem o setor de entretenimento, comercial e imobiliário de toda a região, recebendo aproximadamente 10 milhões de visitantes por ano”.
O Hopi Hari enfrenta dificuldades financeiras há anos, que se agravaram desde a morte da adolescente Gabriela Yukay Nichimura, de 14 anos, que caiu de um brinquedo em fevereiro de 2012. A construção do parque consumiu US$ 200 milhões de dólares, em um investimento conjunto da GP e outros quatro fundos de pensão. A ideia era ter um modelo nacional da Disney e tentar angariar parte dos brasileiros de alta renda que viajavam para parques de Orlando, nos Estados Unidos.
O parque foi inaugurado em 1999. O faturamento projetado inicialmente de R$ 200 milhões por ano jamais se concretizou. No seu melhor desempenho, em 2008, o parque recebeu 1,8 milhão de turistas e faturou R$ 70 milhões. A dívida, que chegava a R$ 500 milhões, não permitia que os controladores fizessem mais investimentos, nem se desfizessem do negócio, previsto para dar lucro em 18 meses. Frequentemente o parque tem atrações fechadas para manutenção e é alvo de reclamações de usuários.
Acidente
O processo cível do acidente com a adolescente Gabriela Yukay Nichimura foi encerrado em 2013, após um acordo com a família da vítima. A indenização pedida era de R$ 4,6 milhões, mas os valores do acerto não foram divulgados. A jovem morreu após cair de uma altura de aproximadamente 30 metros de um brinquedo.
Gabriella foi arremessada para fora da cadeira da La Tour Eiffel, um elevador que despenca em queda livre de uma altura de 69,5 metros. O acidente aconteceu no momento de frenagem do aparelho, que se inicia por volta dos 30 metros. Com o impacto da parada brusca, o sistema de segurança que prende o ocupante à cadeira, por cima dos ombros, se abriu e a menina foi jogada em um movimento de mergulho para fora do banco. Testemunhas confirmaram à polícia que a trava se abriu. Os pais assistiam do lado de fora, em frente ao brinquedo.
 

Autor(a)
Cecília Polycarpo

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