As indenizações dos ex-funcionários da Álcalis, em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio, começaram a ser pagas nesta semana. A relação com os nomes dos ex-funcionários beneficiários foi fixada na entrada da empresa, que decretou falência em 2016. Cerca de 2 mil pessoas deverão receber as indenizações pelos processos trabalhistas.
O valor disponibilizado para o pagamento foi de R$ 3 milhões, que corresponde a apena 15% de toda a dívida que a extinta álcalis tem com os ex-funcionários.
A companhia nacional de Álcalis começou a funcionar na década de 1950. A empresa produzia barrilha, usada na fabricação de produtos como vidro e sal. Na época, foi uma das maiores empresas do estado do Rio de Janeiro. Na década de 80, a abertura de mercado para a importação de barrilha provocou o declínio da Álcalis. A empresa chegou a ser privatizada, mas acabou falindo.
O advogado trabalhista da aministradora da massa falida da Álcalis, Fabio Pincanço, informou que o dinheiro arrecadado com a venda de terrenos da empresa deve ser usado para pagar o restante da dívida com fornecedores e ex-funcionários. Mas disse, no entanto, que a prioridade é referente às pendências trabalhistas.
"A lei de falências estabele que o crédito trabalhista é preferencial. Portanto, somente após o pagamento integral desta classe é que poderemos iniciar o pagamento dos demais credores", disse o advogado.
O presidente do sindicato dos ex-trabalhadores da Álcalis, Joveilson Deveza, comemorou o início do pagamento dos processos trabalhistas. No entanto, ainda espera pela garantia das verbas das multas rescisórias aos 658 funcionários que foram mandados embora quando a empresa fechou as portas.
"A luta continua. Agora em duas fases. Tem essa dos processos antigos que, em tese, já é uma realidade, e a nossa lutar maior, que é pela verba das multas rescisórias".