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Infinity apresenta novo plano de recuperação judicial

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Ribeirão Preto - Sem resolver a crise financeira, a Infinity Bio-Energy, criada em meio à euforia do setor sucroenergético, em 2006, apresentou na segunda-feira, 6, à Justiça um novo plano de recuperação judicial.

Desta vez, a companhia pede autorização para a venda de três de suas seis unidades produtoras de etanol, energia e açúcar, o arrendamento das usinas restantes e uma renegociação com os credores de uma dívida estimada em R$ 1,9 bilhão.

O pedido de segunda-feira é mais um capítulo da crise da empresa, iniciada em 2008 com o processo de recuperação judicial da companhia e a posterior venda de 71% dos ativos à Tinto Holding, do grupo Bertin, em 2010.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, conversou com fontes ligadas à companhia e teve acesso a detalhes do novo plano de recuperação judicial.

Apesar de ser uma proposta nova, o documento é tratado como um "ajuste" ou uma "consolidação" do antigo, já que a lei não prevê mais de um plano de recuperação judicial para uma companhia.

Para seguir adiante, a Infinity precisa primeiro de um aval do juiz. Caso seja aceita pelo magistrado, a proposta seria avaliada pelos credores em uma assembleia que ocorreria em até 90 dias.

O plano prevê pagar credores com a venda das usinas Cridasa, em Pedro Canário (ES), Alcana, em Nanuque (MG), e Central Paraíso, em São Sebastião do Paraíso (MG).

Todas estão fechadas por falta de cana-de-açúcar para o processamento e são avaliadas em R$ 520 milhões pela empresa. A proposta prevê que 15% dos valores recebidos pelas usinas sejam destinados à quitação de dívidas trabalhistas.

Outras três unidades da Infinity - a Disa, em Conceição da Barra (ES), a Ibiralcool, em Ibirapuã (BA), e a Usina Naviraí, na cidade homônima de Mato Grosso do Sul - também podem ser vendidas.

Avaliadas em R$ 1,2 bilhão, as usinas devem ser geridas pelo empresário paulista Alexandre Titoto até que sejam negociadas. "Com mais cana disponível e uma perspectiva melhor para o açúcar em 2017 e o etanol já a partir deste ano, as usinas vão ser capitalizadas", disse um dos negociadores. "A ideia é negociar no futuro a Disa e a Ibiralcool e deixar apenas e a Naviraí pra fazer frente a uma dívida tributária."

Das três usinas, a Disa ainda segue moendo desde o ano passado e emendou a safra 2014/2015 com o atual período, o 2015/2016. A Usina Naviraí parou para manutenção, mas enfrentou uma greve de três dias, no mês passado, por conta do atraso de salários de trabalhadores da unidade sul-mato-grossense.

Já a Ibiralcool deve voltar a operar neste segundo semestre por ter um grande fornecedor de cana que viabiliza a moagem. Mas o processamento só deve ser totalmente garantido após a negociação com fundos internacionais que mantêm o fornecimento de outra parte da matéria-prima. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Autor(a)
Gustavo Porto

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