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Joalheria Antonio Bernardo entra com pedido de recuperação judicial

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Companhia carioca soma dívidas de R$ 15,8 milhões

25/02/2025

 

A joalheria Antonio Bernardo entrou com um pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio. Com dívidas de R$ 15,8 milhões ainda a vencer com o Itaú e a Caixa Econômica Federal, a empresa carioca decidiu optar pela reestruturação ao prever que não conseguiria quitar os valores.

O pedido não envolve toda a operação da marca, incluindo apenas a HB Adornos e a Arany Adornos, braço do grupo que fabrica e distribui as peças, além das duas lojas na cidade do Rio, nos shoppings Leblon e Rio Design Barra.

A Antonio Bernardo ainda duas unidades na capital paulista, e outras quatro distribuídas no Distrito Federal e nas cidades de Florianópolis, Cuiabá e Porto Alegre. Essas, porém, são apenas distribuidoras. A marca ainda tem representantes internacionais em países como Estados Unidos, Portugal, Alemanha, Dinamarca, China e Japão.

Segundo a advogada Raysa Moraes, sócia do Moraes & Savaget, escritório que representa a joalheria, o endividamento da empresa é essencialmente financeiro. Além da recuperação judicial, a empresa também contratou uma assessoria de reestruturação financeira para tentar sair da crise.

— Não é um endividamento alto. A empresa vinha buscando regularizar os seus contratos, mas previu que não ia conseguir cumprir suas obrigações nas formas originalmente contratadas e nos procurou para que conseguisse encaixar a capacidade de pagamento — afirma.

O pedido foi levado à Justiça do Rio na última terça-feira. A empresa diz ter pesado no cenário a alta nos juros, que tornou mais cara a dívida financeira, e a valorização do ouro, sua principal matéria-prima. O preço do metal subiu 27% no ano passado.

— São fatores sem uma perspectiva de melhora. Por isso, a empresa optou por fazer esse pedido preventivamente para que conseguisse fazer a reestruturação de uma forma tranquila, mantendo e preservando o serviço prestado, a força da marca e a qualidade dos produtos — diz a advogada.

O pedido foi levado à Justiça do Rio na última terça-feira. A empresa diz ter pesado no cenário a alta nos juros, que tornou mais cara a dívida financeira, e a valorização do ouro, sua principal matéria-prima. O preço do metal subiu 27% no ano passado.

— São fatores sem uma perspectiva de melhora. Por isso, a empresa optou por fazer esse pedido preventivamente para que conseguisse fazer a reestruturação de uma forma tranquila, mantendo e preservando o serviço prestado, a força da marca e a qualidade dos produtos — diz a advogada.

 

Autor(a)
Por Letícia Lopes — Rio de Janeiro
Informações do autor
Texto Matéria Original
Imagem Matéria Original: O designer Antonio Bernardo — Foto: Ana Branco / Agência O Globo

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