Especialistas avaliam que uma série de fatores têm pressionado os caixas das grandes varejistas brasileiras, o que explica episódios de recuperação judicial, falência e dívidas que têm sido veiculados na imprensa.
O varejo brasileiro tem se deparado com episódios de pedidos de recuperação judicial, dívidas e falência. O mais significativo deles é o da Americanas, que agora busca manter sua operação e se recuperar de uma dívida de R$ 42,5 bilhões.
Segundo especialistas consultados pela CNN, uma “tempestade perfeita” se formou para o varejo brasileiro. Composta principalmente pelo atual cenário econômico, com a taxa Selic em 13,75% ao ano, mas também reforçada por queda no consumo, um modelo de negócios em transição, uma usual modalidade perigosa de crédito e, em alguns casos, até mesmo mesmo a má gestão.
O caso da Americanas é apenas o mais gritante deles. Pouco depois do rombo contábil da empresa, foi a vez da rede Marisa informar R$ 566 milhões em dívida líquida no final do terceiro trimestre.
Já nos Estados Unidos, a Bed Bath & Beyond, uma tradicional rede de artigos para casa, informou que tentará levantar mais de US$ 1 bilhão com a venda de ações, sob a expectativa de que os recursos do mercado possam salvá-la da falência.
Falências têm sido tido uma frequência no noticiário recente. A Justiça decretou a falência da Livraria Cultura em 9 de fevereiro. No pedido de recuperação judicial, a empresa declarou ter R$ 285,4 milhões em dívidas. Poucos dias depois, em 16 de fevereiro, uma liminar suspendeu o decreto de falência e deu uma sobrevida à Cultura foi concedida.
Além disso, casos com o da Saraiva e da Máquina de Vendas, dona da Ricardo Eletro, são recentes na história do varejo brasileiro.
De acordo com especialistas, o contexto é complexo e são vários os fatores que impactam as grandes varejistas.
Autor(a)
Thais Herédia e Daniel Rittner, da CNN.
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