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Justiça aceita plano de recuperação judicial da Casas Santa Terezinha

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Empresa varejista terá dois anos para quitar dívidas com credores, estimadas em R$ 9,5 milhões

O juiz da Vara de Recuperação Judicial e Falência da Capital, Braz Aristóteles dos Reis, aceitou o plano de recuperação judicial da Casas Santa Terezinha Tecidos Ltda. A partir da decisão publicada nesta quarta-feira (14), a tradicional empresa varejista tem dois anos para executar o plano para saldar as dívidas do negócio, estimadas em R$ 9,58 milhões. Durante o período de concordata, a empresa será comandada por um administrador judicial.

A empresa entrou com o pedido de recuperação judicial em junho de 2012, sob alegação de crise financeira após uma disputa entre os sócios que já passa de uma década. Segundo os advogados da empresa, as dificuldades se iniciaram no período de transição do Plano Real, quando teve início a disputa entre os sócios da Casas Santa Terezinha. Segundo o relato, a Justiça chegou a conceder uma liminar em favor do ex-sócio, fato que teria causado “danos imensuráveis” aos negócios.

Nos autos do processo (0021400-82.2012.8.08.0024), o representante da Casas Santa Terezinha alega que a empresa conseguiu abrir 14 lojas em todo Estado para justificar o pedido de recuperação judicial: “[Na busca de] uma solução definitiva para a readequação de suas contas, viabilizando o pagamento de seus credores, mas assegurando a continuidade de suas atividades, preservando os postos de trabalho que gera”. Em julho de 2012, o juízo nomeou o contador Jerry Edwin Ricaldi Rocha como o administrador judicial da Casas Santa Terezinha.

No plano de recuperação apresentado pela empresa, as dívidas da Casas Santa Terezinha são próximas de R$ 9,58 milhões. Deste total, a maior parte desses créditos (R$ 9.565.815,91) são simples, os chamados “créditos quirografários” (quando o credor não possui qualquer tipo de garantia). As principais fontes dos créditos são empréstimos em aberto (R$ 5.865.619,05) e dívidas com fornecedores (R$ 3.697.832,19). A outra parte das dívidas é relativa aos créditos trabalhistas, no valor total de R$ R$ 19.357,13.

A empresa foi fundada na década de 1920, na região próxima a Dores do Rio Preto e Guaçui (região Caparaó), com o nome de ”Bazar Yara”. Em julho de 1943, o negócio foi registrado na Junta Comercial de Alegre pelos irmãos Kleber José de Andrade e Antônio Andrade Junior, ganhando o nome fantasia de Casas Santa Terezinha. Mais tarde, na década de 60, a razão social mudou-se definitivamente para Casas Santa Terezinha Tecidos Ltda, pouco antes da expansão da empresa até Vitória, no final da década de 1970. Atualmente, a Casas Santa Terezinha conta com 14 lojas na Grande Vitória e no interior do Estado, de acordo com informações do site da empresa.
 

Autor(a)
Nerter Samora

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