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Justiça aprova plano de recuperação de empresa envolvida no escândalo da Pacenas

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A empresa Gemini Projetos Incorporações e Construções Ltda. teve o plano de recuperação judicial aprovado em sua totalidade nesta terça-feira (16) na primeira assembléia geral de credores. Considerada uma das maiores construtoras do mercado mato-grossense, a empresa gera 240 empregos diretos e mais de 500 indiretos. A assembléia para negociar a dívida de aproximadamente R$ 18 milhões foi realizada no Salão de reunião do Hotel Global Garden em Cuiabá.

No pedido de recuperação judicial, datado de 08 de julho de 2009, dentro da Nova Lei de Falências, a Gemini afirma que enfrenta dificuldades financeiras diante da inadimplência e do insucesso da negociação com empresas estrangeiras. A companhia afirma também que sofreu um forte desequilíbrio econômico com os altos juros dos financiamentos.

Segundo o advogado da Gemini, MardenTortorelli, a Lei de Recuperação Judicial, implementada em 2005, é uma alternativa viável para as empresas que encontram dificuldades mas tem chances reais de alavancar no mercado. “A Nova Lei contempla os empresários honestos, que interessados em honrar seus compromissos, querem manter a produção, os empregos e os pagamentos aos credores”.

O resultado da negociação foi apresentado pelo administrador judicial, Rogério Rodrigues Guilherme. Ele informou que o processo foi aprovado nas três classes: credores trabalhistas, financeiros com garantia real e quirografários (sem garantia real, incluindo financeiros). “O processo ocorreu de forma transparente, acredito que o entendimento entre as partes envolvidas é muito positivo para a Justiça”, pontuou.

Tortorelli informa que o prazo para pagamento aos credores varia. “As negociações foram estudadas caso a caso e para a grande maioria o plano prevê o pagamento em cinco anos com carência de 12 meses, priorizando os trabalhistas com pagamento em três parcelas, sem carência”. O advogado ressaltou ainda que “o plano de recuperação aprovado na sua totalidade é muito bom para a empresa e para os credores, tanto é que foi aprovado na primeira assembléia, algo raro de acontecer nos processos de recuperação”.

 

Fonte: www.odocumento.com.br (17/03/2010)

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