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Justiça autoriza ressarcimento dos investidores da Boi Gordo

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Os 32 mil investidores do Grupo Fazendas Reunidas Boi Gordo, um esquema de pirâmide que faliu em 2004 e deixou um passivo de R$ 4,2 bilhões, vão receber parte do dinheiro que aplicaram no negócio. A Justiça autorizou o pagamento de 10% dos valores investidos aos credores, utilizando os recursos dos bens do grupo que foram leiloados.

Foram arrecadados R$ 483 milhões com leilões de mais de 60 fazendas distribuídas por 220 mil hectares. Parte desses recursos - R$ 75 milhões - já foram usados para pagar os funcionários da empresa.

Quem não formalizar o cadastramento, fornecendo o Cadastro de Pessoa Física (CPF) ao administrador judicial Gustavo Sauer, até o próximo dia 23 de julho, não terá direito ao recebimento. Os endereços eletrônicos para cadastramento estão disponíveis na página da massa falida da Boi Gordo. Os valores dos investimentos serão atualizados, segundo comunicado da massa falida.

"Agora, serão pagos o passivo tributário e os investidores”, explicou o administrador judicial da massa falida, Gustavo Sauer, em comunicado.

O promotor do caso, Eronides Santos, da Promotoria de Justiça de Falência do Ministério Público de São Paulo, informa que o trabalho de recuperação de ativos ainda continua.

A Fazenda Reunidas Boi Gordo prometia retornos muito superiores aos oferecidos por outras aplicações do mercado financeiro a quem investisse em bezerros e na "engorda do gado". Com propagandas no horário nobre da tevê, o investimento prometida retornos de até 42% em 18 meses. O esquema, entretanto, revelou-se uma pirâmide financeira, já que os investidores iniciais eram pagos com os recursos de novos participantes no esquema e não da venda dos bois.

13/7/2018

 

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