A Justiça em Mato Grosso decretou a falência do Grupo Modelo, na tarde de quarta-feira (22). A decisão é do juiz Flávio Miraglia Fernandes.
A determinação foi tomada após pedido do próprio Grupo Modelo, de credores e até mesmo do Banco Safra, que até pouco tempo insistia na recuperação judicial.
A dívida do Grupo Modelo chega a R$ 315 milhões, entre dividendos com credores e funcionários.
Conforme o magistrado, "a situação das autoras é caótica, não existindo a menor possibilidade de prosseguir em suas atividades, pois, desprovidas de qualquer capital de giro e acumulando um passivo que atinge aproximadamente R$ 315.000.000,00 (Trezentos e quinze milhões de reais), confessando, logo, que o grupo se encontra em estado de insolvência, razão pela qual requerem a decretação da falência e a fixação do termo legal como sendo o 90º (nonagésimo) dia antes do 1º (primeiro) protesto por falta de pagamento, ou seja, retrotraindo para 20/10/2010”.
Segundo o magistrado, por meio de assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o Banco Safra que insistia na recuperação judicial na última assembleia realizada com os credores solicitou que fosse pedido a falência do Grupo Modelo.
No último dia 17, o Banco Safra chegou a tentar reverter o pedido de autofalência, em que se encontrava a situação do Grupo Modelo.
O Grupo Modelo entrou com pedido de autofalência no dia 29 de agosto na Vara Especializada de Falência, Recuperação Judicial e Cartas Precatórias de Cuiabá, um mês após fechar as portas das três últimas lojas abertas.
O fechamento das lojas teve início em janeiro de 2013. Ao todo, o Grupo possuía cerca de 14 unidades entre hipermercados, supermercados e atacarejos (vendas no atacado e varejo).
Além disso, a rede possuía sua própria empresa de distribuição, a ABS Logística, localizada no Distrito Industrial de Cuiabá, mais precisamente na rodovia BR-364, sentido Cuiabá-Rondonópolis.
A rede possuía ainda farmácias e restaurantes em algumas unidades, como no HiperModelo, Pantanal Shopping e Miguel Sutil.