A Justiça de Minas Gerais homologou o plano de recuperação judicial da MMX Sudeste, mineradora de Eike Batista. No fim de agosto, os credores da MMX, que têm ativos minerais e logísticos e fazendas em Minas Gerais, aprovaram em assembleia, por ampla maioria, o plano de recuperação judicial da mineradora de Eike.
O plano foi aprovado por 100% dos credores trabalhistas e por 90,08% dos credores quirografários (sem garantias) presentes à assembleia.
A juiza Patricia Santos Firmo, da 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), em Belo Horizonte, disse na decisão em que homologou o plano que, além de ter sido aprovado pelos credores, o plano da MMX Sudeste representa a “tentativa de preservação da atividade empresarial, atendendo sua função social, e o afastamento de todas as objeções”.
A trading Trafigura tornou-se peça-chave na aprovação do plano da MMX Sudeste ao propor injetar até R$ 260 milhões na empresa de Eike em quatro anos para assumir o controle dos ativos minerais da companhia e aumentar a produção de minério de ferro em duas minas da empresa de Eike até 2019. Do total previsto para ser investido pela Trafigura, R$ 70 milhões serão pagos à vista para assumir o controle das minas de Tico-Tico e Ipê, em Minas Gerais.