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Justiça destitui donos da Arantes

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O juiz da 8ª Vara Cível de São José do Rio Preto, Paulo Roberto Zaidan Maluf, destituiu os proprietários da Arantes Alimentos, Aderbal Luis Arantes Júnior e Danilo Arantes da administração do grupo, que está em recuperação judicial, e da Brasfri S/A (Nova Arantes). O pedido de destituição e de convocação de assembleia de credores para indicar um gestor judicial foi feito pelo administrador judicial da Arantes, Luiz Augusto Winther Rebello Júnior.

No despacho em que deferiu o pedido, o juiz informa que "dentre as hipóteses legais [para a destituição] está o não atendimento ou a negativa de prestar informações solicitadas pelo administrador judicial ou previstas no plano de recuperação judicial". Segundo o despacho, "reiteradamente foram solicitadas a apresentação de contas mensais, deixando os administradores, contudo, de cumprir com a obrigação legal". Isso impossibilitou a fiscalização das contas, diz o juiz, e prejudicou credores, que não puderam receber informações sobre o resultado das atividades da empresa.

Fontes próximas ao Arantes informaram que o grupo, que tem dívidas de R$ 1 bilhão, deixou de fornecer balancetes mensais, conforme previsto no plano de recuperação judicial, ao administrador.

No despacho, o juiz informa ainda que as atividades do grupo Arantes "diminuem a cada mês" e que "não há como cumprir com as obrigações assumidas no plano de recuperação sem atividade empresarial, sem informações, sem transparência". A empresa está operando apenas parcialmente desde que pediu recuperação.

O Banco Santander, maior credor da Arantes, também havia pedido a destituição dos administradores. Para o banco, segundo o despacho do juiz, " o decréscimo vertiginoso no faturamento das recuperandas, a desorganização interna, a redução do quadro de trabalhadores e a iminência de paralisação das atividades impossibilita a manutenção e recuperação de empresas, em tese, economicamente viáveis".

Uma assembleia, para indicar o gestor judicial para administrar a empresa, foi convocada para o dia 18 de outubro. Até lá, segundo a decisão, a administração ficará a cargo do administrador judicial com o acompanhamento de um dos sócios, Aderbal Arantes Júnior.

Procurado, o Felsberg & Associados, que representa a Arantes não se pronunciou.

Segundo apurou o Valor, a expectativa do grupo é que mesmo após a indicação de um gestor judicial um dos sócios continue acompanhando a operação, já que estes têm conhecimento do dia a dia da empresa.

Autor:

Fonte: http://www.suinoculturaindustrial.com.br (15/09/2010)

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