Após um ano e meio, a empresa de energia Eneva saiu da recuperação judicial, após cumprir as metas de dois anos de seu plano, informou nesta quinta-feira a companhia, controlada em conjunto pelo grupo alemão E.ON e pelo empresário Eike Batista, em fato relevante entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A sentença foi proferida pelo Juízo da 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro ontem. De acordo com o texto, contudo, para além do biênio cujos compromissos já foram atendidos, a empresa pode ser fiscalizada por mais dois anos. Para a Justiça, o encerramento da recuperação não traz problemas à continuidade de cumprimento do plano.
O fato relevante da Eneva lembra que o pedido da recuperação foi feito em 9 de dezembro de 2014 para reestruturar cerca de R$ 2,4 bilhões em dívidas. O processo só foi aprovado pelos credores, porém, em 30 de abril do ano passado, e homologado pela Justiça em 12 de maio do mesmo ano.
De mais de 120 credores quirografários no início do plano, a empresa fica com apenas 15, segundo o texto. O prazo para o pagamento das obrigações financeiras é de 13 anos.
“Com o encerramento do processo de recuperação judicial, a companhia está apta a iniciar uma nova fase em busca de seu crescimento”, afirma a Eneva.