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Lava Jato investiga offshores ligadas a Schahin em esquema de propinas

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PF pediu informações sobre empresas do grupo abertas fora do País para chegar a comprovação de pagamentos para ex-executivos da Petrobrás e para o PT

A Polícia Federal investiga pelo menos oito empresas offshores – abertas fora do Brasil -, a Baerfield Drilling LLC, a Airosu Drilling LLC, a Soratu Drilling LLC, a Casablanca International Holding, a Deep Black Drilling, a Black Gold Drilling, a Dlife Drilling e a Riskle Holdings Inc, com o Grupo Schahin, suspeito de ter assinado contratos com a Petrobrás por dívidas do PT referente à campanhas eleitorais, entre elas a de reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. O ex-gerente da estatal Eduardo Musa citou em sua delação premiada a existência de um saldo de R$ 60 milhões com a empreiteira – um dos novos alvos da Operação Lava Jato.

A PF intimou a defesa da Schahin a prestar esclarecimentos sobre “qual a relação com as empresas” e a “existência de acordos de colaboração ou de leniência já celebrados”. As investigações são conduzidas pelos delegados Eduardo da Silva Mauat e Renata da Silva Rodrigues.

As offshores teriam relação com pagamentos de propina no esquema de cartel e corrupção alvo da Lava Jato. Essas empresas aparecem no pedido de pedido de recuperação judicial da Schahin, apresentado em abril. Uma delas, a Deep Black Drilling, estaria diretamente ligada aos pagamentos de operação do navio-sonda Vitória 10.000.

O contrato teria sido acertado com a Petrobrás em 2007 e envolveria o pagamento de propinas por intermédio do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, e o operador de propinas ligado ao PMDB Fernando Soares, o Fernando Baiano.

Colaboração. Em despacho da PF do dia 20 de setembro, a Lava Jato questionou ainda a Schain se existe “interesse dos executivos implicados em colaborar com as investigações de forma individual”. A Petrobrás encaminhou em agosto uma planilha com todos os pagamentos feitos pela estatal para a Schahin referentes a quatro contratos, dois deles pagos em reais e dois pagos em moeda estrangeira.

São contratos de áreas como a Diretoria de Exploração e Produção, que segundo a Lava Jato seria cota do PT no esquema de fatiamento político da estatal. A Transpetro – subsidiária da estatal – também encaminhou a lista de pagamentos para o grupo.

Autor(a)
FAUSTO MACEDO, JULIA AFFONSO E RICARDO BRANDT

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