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Mexicana para de vender passagens, inclusive no Brasil

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A Mexicana de Aviación, maior empresa aérea do México em volume de passageiros, anunciou ontem a suspensão da venda de passagens, inclusive no Brasil. A medida foi tomada após a companhia ter entrado em recuperação judicial e iniciar negociações com sindicatos de trabalhadores.

O diretor comercial da Mexicana no Brasil, Luís Augusto dos Santos, diz que a suspensão atinge voos internacionais. No Brasil, a empresa vinha operando cinco voos por semana entre São Paulo e Cidade do México desde dezembro de 2009, com um Boeing 767, para 160 passageiros. "Os brasileiros que têm passagens da empresa continuarão a ser transportados pela Mexicana. Temos bilhetes vendidos até junho de 2011", diz.

A empresa, uma unidade do Grupo Mexicana de Aviación, continuará operando seus voos normalmente. As unidades de baixas tarifas do grupo, Click e Link, continuarão vendendo passagens, pois são subsidiárias independentes, segundo a companhia.

"A decisão trará segurança e confiança aos consumidores", informou a Mexicana, segundo as agências internacionais. A empresa destacou que o objetivo é proteger os passageiros e "criar mais espaço para que as negociações tenham bons resultados".

A Mexicana interrompeu a venda de bilhetes depois de a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) ter suspendido sua participação na câmara de compensação de passagens, por não ter pago um depósito requerido das empresas que entram em concordata. Na prática, isso impede que as passagens da companhia sejam vendidas por terceiros e que ela emita bilhetes de parceiros. O executivo-chefe da Mexicana, Manuel Borja Chico, disse que espera que a venda seja retomada nos próximos dias.

Em comunicado, a IATA destacou que a decisão de suspender todas as vendas de passagens é da própria Mexicana, uma vez que a restrição não atinge a comercialização de bilhetes nos escritórios da empresa ou em seu site.

A Mexicana listou US$ 500 milhões em ativos e US$ 1 bilhão em dívidas na petição de recuperação judicial feita em 3 de agosto, em Nova York, pela lei americana de falências para empresas estrangeiras. O processo também corre no México desde terça-feira.

A aérea pretende reduzir salários de pilotos e comissários. Desde 29 de julho, a Mexicana teve três aviões confiscados por credores. Ela é dona de 9 dos 61 aviões que opera e viaja a mais de 65 destinos, incluindo EUA, Canadá, Europa e América Latina. Em 2009, transportou 6,86 milhões de pessoas, enquanto a Click e a Link transportaram 4,25 milhões. Como membro da aliança Oneworld, ela compartilha reservas e destinos com companhias como American Airlines e British Airways.

Autor: Alberto Komatsu

Fonte: Valor Econômico (06/08/2010)

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