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Minoritários esperam na fila atrás dos credores

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Em toda essa nova confusão envolvendo a Agrenco, os detentores de recibos de depósito de ações (BDRs) da empresa permanecem sem ter como negociar seus papéis. E o recado a essas pessoas é que a empresa está em recuperação judicial e, nesse status, os credores são a prioridade.

No plano aprovado pela Justiça, com anuência dos credores e dos acionistas majoritários que agora desejam modificar o conselho da empresa, está previsto que, nos próximos 14 anos, todos os recursos gerados pelos ativos no Brasil, que estão representados pelos BDRs, serão destinados para pagar credores.

Nelson Bastos, presidente da Íntegra, não afirma que a empresa não tem valor para os detentores desses papéis. Ele destaca que, na aprovação do plano de recuperação, há cerca de um ano, a dívida da Agrenco era de R$ 1,5 bilhão e os ativos, da ordem de R$ 260 milhões. Agora, por conta do comportamento do câmbio, a dívida está em R$ 1,1 bilhão e os ativos, embora não haja uma avaliação oficial, podem valer duas ou três vezes mais.

Quanto mais essa diferença diminuir, aumenta a possibilidade de o prazo estimado para o pagamento dos credores ficar mais curto, permitindo, então, que a empresa remunere também os acionistas. Além disso, diz, o cenário econômico atual é favorável à retomada dos negócios.

No entanto, ele lembra que os detentores de BDRs não possuem ações da empresa, mas sim certificados que representam esses papéis. Por fim, a CVM não tem ingerência.

Bastos também afirma que, antes dos problemas enfrentados em 2008, a base de acionistas da Agrenco, além dos majoritários, era concentrada em fundos internacionais. Após a recuperação, esses fundos saíram dos papéis e a base de pessoas físicas subiu de um número irrelevante para cerca de 5 mil pessoas. Ou seja, esses pequenos investidores tinham condições de saber que estavam comprando recibos de ações de uma empresa que já estava em recuperação judicial.

Autor: Ana Paula Ragazzi

Fonte: Valor Econômico (16/07/2010)

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