Resolver problemas com credores e entregar os empreendimento aos clientes são algumas das finalidades dos pedidos de recuperação judicial ingressado por duas grandes construtoras em Alagoas, conforme avaliação do Sindicato da Indústria da Construção de Alagoas (Sinduscon/AL).
Para Alfredo Brêda, presidente do sindicato, as construtoras não são as primeiras e nem serão as últimas a entrarem com pedido de recuperação judicial. "Além de construtoras, temos usinas, casas de comércio, vários outros em recuperação judicial. Este é um procedimento normal para quem está, principalmente, numa crise como essa que o Brasil está atravessando".
"Geralmente, a construtora quando faz isso é porque identificou que o que ela tem consegue pagar a dívida e resolver os problemas. Então, no momento que propõe uma recuperação judicial, é um momento que está tomando uma decisão equilibrada para resolver o problema com os credores e com os clientes e consumidores", afirmou ele.
O presidente do Sinduscon/AL ressalta ainda que podem ocorrer problemas, mas a tendência é que consigam resolver. "Não conheço a fundo a situação de cada uma das construtoras, mas posso afirmar que a medida é a mais correta que podem tomar para equilibrar suas contas. Em recuperação judicial, elas não param, o que muda é que, a partir de agora, só farão contas novas pagando praticamente à vista, e o que estão devendo tem que renegociar e parcelar, então elas continuam em atividade", finalizou Brêda.
Construtora Marroquim
Uma das mais conhecidas construtoras de Alagoas, com 18 anos de mercado, a Marroquim Engenharia LTDA, entrou com pedido de recuperação judicial. Ainda conforme os dados disponíveis no Sistema de Consultas Processuais, o valor da ação (passivo) é de R$ 12.908, 618,54.De acordo com o site da empresa, há seis edifícios da Marroquim em construção, sendo cinco deles localizados em Maceió e um em Arapiraca.