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Número de empresas falidas cai em 2009, no menor patamar desde 2005

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A recuperação econômica brasileira se mostrou real no âmbito corporativo em 2009. No ano que começou ainda sob os efeitos da crise econômica mundial, o número de empresas que decretaram falência atingiu o menor patamar desde 2005, segundo informou hoje a Serasa Experian.

Ao todo, foram registrados 908 decretos de falência em todo país, abaixo dos 969 verificados em 2008 e dos 1,479 de 2007. As falências requeridas, por sua vez, totalizaram 2.371 em 2009, ante 2.243 no ano anterior.

Segundo o levantamento, o ano passado foi recorde de queda também no que tange às microempresas, geralmente as mais fragilizadas em momentos de crise.

Foram 831 falências desta classe de empresas, o menor número desde 2005, representando 91,5% do total de ocorrências registradas no período. Em 2008, 900 microempresas quebraram, ante 1.413 no ano anterior.

As empresas de maior porte, por outro lado, não apresentaram o mesmo resultado. As falências decretadas das médias empresas cresceram de 52 em 2008 para 58 no ano passado, enquanto as das grandes subiram de 17 para 19.

"Quanto às médias empresas, houve uma evolução maior no número de decretos, evidenciando que as empresas desse porte sofreram mais com a crise, em razão da recessão nos mercados internacionais e da valorização do real", afirmou em nota a instituição.

Apesar da queda nas falências, os pedidos de recuperação judicial avançaram no período. Segundo a Serasa, as recuperações judiciais requeridas passaram de 312 em 2008 para 670 e as recuperações judiciais concedidas saíram de 32 para 101.

Para o advogado Alfredo Bumachar, especialista em recuperações e falências, o número de pedidos de recuperação tem mostrado avanço depois que entrou em vigor, há quase cinco anos, a Lei de Recuperação de Empresas e Falências, que dá exatamente a opção à empresa de pedir recuperação e ganhar fôlego para continuar sobrevivendo.

"O instrumento jurídico da recuperação foi criado justamente para evitar que as empresas falissem. Antes que a situação financeira se agrave e seja irrecuperável, a empresa deve entrar em recuperação " , explica o especialista.

Para 2010, os especialistas da Serasa acreditam na queda tanto das falências, quanto das recuperações, diante do "maior crescimento da economia, a recuperação do crédito para empresas e suas melhores condições (prazos e custos)".

 

Autor: Vanessa Dezem

Fonte: Valor Econômico (07/01/2010)

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