A OGPar (Óleo e Gás Participações), nova denominação da OGX, petroleira em recuperação judicial do grupo EBX, do empresário Eike Batista, encerrou 2013 com prejuízo líquido de R$ 17,4 bilhões. Em 2012, as perdas tinham ficado em R$ 1,17 bilhão.
O balanço divulgado nesta terça-feira (1) informa que a companhia teve prejuízo de R$ 9,78 bilhões no quarto trimestre do ano passado.
Segundo a companhia, o resultado de 2013 foi substancialmente afetado pela perda de parte dos investimentos realizados nas Bacias de Campos, Santos e Espírito Santo no valor de R$ 8,9 bilhões; pela rescisão dos contratos de afretamento de equipamentos requisitados a OSX no valor de R$ 4,6 bilhões, dos quais R$ 3,5 bilhões deverão ser convertidos em capital, nos termos do Plano de Recuperação Judicial; pela despesa de R$ 1,8 bilhão com poços secos e áreas subcomerciais devolvidas; despesas financeiras, sobretudo, juros de financiamentos, no valor de R$ 655 milhões; e despesa de variação cambial, de R$ 1 bilhão.
Em 2013, a petroleira vendeu 2,3 milhões de barris de petróleo, produzidos no campo de Tubarão Azul.
Recuperação judicial
A OGX foi a primeira emrpesa do grupo EBX a entrar com pedido de recuperação judicial, em outubro, e depois foi seguida pela OSX.
Quando protocolou o pedido de recuperação judicial no dia 30 de outubro, a OGX declarou uma dívida consolidada de R$ 11,2 bilhões.
A recuperação judicial foi pedida por conta da "situação financeira desfavorável" da OGX, dos prejuízos já acumulados e do vencimento de grande parte de seu endividamento, segundo comunicado da empresa.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro aponta irregularidadespede no plano de recuperação judicial e pede alterações. O MP também é contrário às cláusulas que isentam o atual acionista controlador, o empresário Eike Batista, de exercer o "put option" (compromisso de aporte de capital), no valor de US$ 1 bilhão.