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Oi e Tim trariam potencial gigantesco ao acionista, afirma BTG Pactual

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Uma fusão entre a Oi (OIBR3; OIBR4) e a Tim (TIMP3), que tem sido especulada nos últimos meses, traria um potencial “gigantesco” para os acionistas da tele brasileira, avalia o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (4). Os analistas Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira acreditam que as duas companhias têm “redes e serviços extremamente sinérgicos”. “Enquanto a TIM tem fortes operações móveis, a Oi controla uma extensa infraestrutura de cobre e fibra em todo o país”, pontuam.

Segundo os cálculos do banco, essa sinergia seria criada com a necessidade de investimento menor, devido às redes interconectadas. “Embora 75% da economia deva vir de um investimento menor, também vemos oportunidades para cortes operacionais e vendas cruzadas. De fato, acreditamos que o valor presente líquido das sinergias pode chegar a R $ 30 bilhões”, explicam.

Em um exercício assumindo uma oferta em dinheiro para a Oi, considerando 5,5 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda, os acionistas imediatamente destravariam um ganho de aproximadamente 73%.

“Para os acionistas da TIM, embora o ganho possa ser maior, uma vez que manteria 100% das sinergias (86% se as ações fossem negociadas a 5,5 vezes pós-sinergias), é menos certo, pois dependeria da efetiva entrega das sinergias. Em um acordo de 50% em dinheiro e 50% em ações, os acionistas da Oi ganhariam ainda mais enquanto a TIM deveria ganhar um pouco menos, pois algumas sinergias seriam compartilhadas com os acionistas da Oi”, calculam.

Dívidas

Para o BTG, a discussão sobre a fusão será inevitável quando a Oi encerrar a sua reestruturação da dívida. “A empresa será uma corporação completa com 71% de seu capital nas mãos de ex-detentores de títulos e investidores em dívidas inadimplentes. Acreditamos que esses investidores podem favorecer a venda para um participante estratégico, assumindo que uma oferta razoável seja feita”, destacam.

Resultados

Um relatório publicado pela Oi revelou que a geração de caixa da companhia foi negativa em R$ 977 milhões em janeiro. Os investimentos atingiram R$ 554 milhões, os recebimentos aumentaram em R$ 100 milhões para R$ 2,816 bilhões e os pagamentos cresceram em R$ 679 milhões, a R$ 3,239 bilhões. Por fim o saldo final do Caixa Financeiro das Recuperandas teve recuo de R$ 753 milhões, totalizando R$ 6,128 bilhões.

Apesar de ainda não apresentar o balanço, a tele disse que calculou os efeitos contábeis acumulados a serem registrados no Patrimônio Líquido da Companhia de 2017, que serão de aproximadamente R$ 21 bilhões. O resultado preliminar apresentado pela Oi veio em linha com o esperado pelo Itaú BBA, informou o banco em um relatório.

De acordo com a análise, o Ebitda ajustado para 2017 de R$ 6,2 bilhões, implica um valor de aproximadamente R$ 1,2 bilhão no quarto trimestre de 2017 – “o que é, em nossa opinião, alinhado às expectativas do mercado e consistente com as projeções da E&Y incluídas no plano de Recuperação Judicial da Oi. A posição de caixa do final de 2017 foi de R$ 7 bilhões, em linha com a nossa expectativa”, destaca o BBA.

Autor(a)
Gustavo Kahil

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