Os pedidos de recuperação de empresas tiveram aumento de 28,6% em julho relação ao mês anterior, aponta levantamento da empresa de consultoria Serasa Experian. Foram feitos 135 requerimentos, número recorde em relação a todos os meses de julho desde o início da série histórica do indicador, em 2005. Em junho, foram apresentados 105 pedidos e, em julho de 2014, 62 pedidos. No acumulado dos sete meses do ano, foram registrados 627 pedidos, um recorde para o período desde 2006.
O número de falências requeridas também aumentou em julho, uma alta de 8,8% em relação a junho. Foram feitos 173 pedidos no país contra 159 do mês anterior. O número também é superior na comparação com julho do ano passado, quando foram feitos 141 pedidos. No acumulado de sete meses do ano, foram apresentados 971 requerimentos, um aumento de 4,1% em relação aos 933 pedidos feitos no mesmo período de 2014.
Para os economistas da Serasa Experian, as empresas têm sido impactadas pelo aumento das despesas financeiras, que foram geradas pela elevação das taxas de juros e pelo aumento do endividamento em moeda estrangeira, no caso das que têm contratos indexados ao dólar, em função da elevação da taxa de câmbio. “Além disso, o atual quadro recessivo da atividade econômica dificulta também a geração de caixa das empresas, agravando sua situação financeira”, avaliam.
As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial de janeiro a julho, com 323 pedidos. Em seguida, estão as médias empresas, com 174 pedidos, e as grandes, com 130. Em relação aos requerimentos de falência, 499 foram de micro e pequenas empresas; 216, de médias; e 256, de grandes empresas.